Vista Externa da Paróquia

Vista Externa da Paróquia

Vista Interna da Paróquia - 29/06/2025

Vista Interna da Paróquia - 29/06/2025
Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

PROGRAMAÇÃO MENSAL

PROGRAMAÇÃO MENSAL
J U L H O / 2 0 2 5

Segunda-feira, 31 de dezembro de 2018.








Segunda-feira da 16ª semana









Vida dos Santos




Santa Melânia







Data de celebração: 31/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santa Melânia, a Romana (†410)

Biografia:

Melania (a avó de Melania, a jovem) foi uma patriota, casada com Valério Máximo, prefeito de Roma no ano de 362. Aos 22 anos de idade ficou viúva e mudou-se para a Palestina, deixando seu filho Publicola aos cuidados de tutores. Na Palestina, fundou um monastério em Jerusalém com 50 moças que se consagraram ao serviço de Deus. No monastério, Melania se entregou a uma vida austera, de orações e de caridade. Tempos depois seu filho Publicola chegou a ocupar um posto no senado romano e se casou com Albina, uma cristã, filha de Albino, um sacerdote pagão. Do casamento de Albina com o filho de Melânia, Senador Publicola, nasceu Melania, a jovem, criada e educada na fé cristã por sua mãe, na luxuosa residência do senador Publicola, cristão também, mas demasiado ambicioso para ocupar-se de sua fé. Desejando ter um herdeiro varão a quem pudesse deixar toda a sua fortuna e para que perpetuasse o aristocrático nome de sua família, Publicola prometeu sua filha, a jovem Melania, em casamento a Valério Piniano, um parente seu que era filho de Valério Severo. Porém, a jovem Melania desejava conservar sua virgindade para consagrar-se por inteiro a Deus. Quando seus pais souberam desse desejo de Melania, se opuseram veementemente e trataram de apressar seu casamento. Assim, no ano de 397, quando Melania, a jovem, acabava de completar 14 anos de idade, casou-se com Piniano que, então, tinha 17 anos. A jovem, casada contra sua vontade e descontente com o ambiente licencioso e libertino que reinava em torno de si, suplicou ao seu marido que levasse uma vida de completa continência. Porém, Piniano não aceitou seu pedido e, tempos depois, veio ao mundo seu primeiro filho: uma menina que morreu depois de um ano de idade.

Mesmo tendo já passado algum tempo, o desejo de Melania de consagrar-se inteiramente a Deus não tinha mudado e, corajosamente, pediu para que de desincumbir de seu casamento. Seu pai então tomou medidas severas, proibindo os contatos de pessoas religiosas com a filha, para evitar que fomentassem nela o desejo de afastar-se da vida social luxuosa que sua filha desfrutava. Nas vésperas da festa de São Lourenço do ano 399, o senador proibiu que sua filha fosse a Basílica, pois estava grávida. Mesmo assim, Melania permaneceu durante toda a noite em oração, ajoelhada em seu quarto. Pela manhã, assistiu a missa na Igreja de São Lourenço e ao regressar para a sua casa, com grandes dificuldades deu à luz a um menino prematuro que veio a falecer no dia seguinte. Melania esteve durante muito tempo entre a vida e a morte. Seu esposo Piniano, que a amava sinceramente, fez um juramento: se ela se salvasse, deixaria em absoluta liberdade para servir a Deus, assim como sempre quis. Pouco depois, Melancia curou-se e seu marido cumpriu então a promessa. No entanto, seu pai Publicola se opunha a isso. Melania viveu ainda mais 5 anos naquela condição de casada, que tanto lhe desagradava. Publicola caiu gravemente enfermo e, antes de entrar na agonia da morte, deixou todos os seus bens a sua filha Melania, não sem antes pedir-lhe perdão por ter se oposto à vocação celestial de sua filha. Albina, a mãe de Melania, a jovem , e Piniano, seu marido, não apenas aceitaram a nova vida de Melania, como a ajudaram. Os três abandonaram Roma e foram morar em uma casa de campo, longe da cidade. Piniano não estava plenamente convertido e durante muito tempo insistiu em vestir os ricos trajes que estava acostumado em Roma.

O hagiógrafo da santa deixou um relato comovente sobre os métodos empregados por Melania para convencer seu marido a renunciar ao luxo e adotar um vida mais modesta, e que para usasse roupas mais simples, confeccionadas por ela mesma. A família tinha levado consigo numerosos escravos que eram bem tratados. Em pouco tempo, muitas jovens, viúvas e outras 30 famílias estabeleceram-se ao redor da casa de campo de Melania, formando assim um pequeno povoado. A vila chegou a ser um centro de hospitalidade, de caridade e de vida religiosa. Melania era muito rica e seus terrenos estendiam-se a todos os pontos do império romano, mas sentia-se oprimida pela quantidade de bens terrenos. Sabia que abundância de posses fazia falta ao seus vizinhos pobres, famintos e desnudos.Estava certa de que “quando um rico dá esmola a algum pobre, na verdade está lhe pagando uma dívida” (Santo Ambrósio). Solicitou então, e obteve o consentimento de Piniano para vender algumas de suas propriedades e distribuir o dinheiro aos necessitados. Ao saber disso, os parentes a quem muito tempo não a viam, trataram de aproveitar-se daquela situação. Por exemplo, Severo, o irmão de Piniano subornou por algumas moedas alguns colonos e escravos que moravam em terrenos de Piniano, para que no momento da venda das terras se rebelassem e não reconhecessem outro senhor que não o próprio Severo. Foram tantas as dificuldades que surgiram que houve a necessidade de fazer uma apelação ao imperador Honório para que restabelecesse a ordem. Santa Melania, vestida de maneira muito simples, com uma túnica de lã e um véu na cabeça, apresentou-se a Serena, sogra do imperador, pedindo para que ela intercedesse por eles junto a Honório. Serena muito impressionada com a atitude e as palavras de Melania pediu ao imperador que a venda das terras fossem tuteladas pelo Estado, assegurando que todos os procedimento fossem legais e a distribuição do dinheiro fosse feita justamente aos pobres, aos enfermos, aos cativos, aos peregrinos, às igrejas e monastérios.

No ano 406, Melânia com seu esposo e mais algumas pessoas, passaram uma temporada com São Paulino, na cidade de Nora, no campo. São Paulino desejava que Melania e seu esposo fossem seus “hóspedes para sempre”. Chamava Melania de “pequena bendida” e “alegria dos céus”. Porém, o casal regressou a sua vila, próxima de Roma, num momento inoportuno. Mal tinham chegado à vila, tiveram que abandoná-la por causa da invasão dos godos. Refugiaram-se em outra propriedade, em Mesina onde conviveram com Rufino. Depois de quase dois anos, os godos chegaram a Calábria e incendiaram a cidade de Reggio. Melania e o esposo optaram por refugiar-se em Cartago. Morando em Cartago, se dispunham de vez em quando visitar Paulino, para consolá-lo de suas atribulações por causa da invasão. Certa vez, indo visitá-lo, uma tormenta desviou a rota do navio que atracou numa ilha, provavelmente em Lipari, repleta de piratas. Para salvar-se da prisão e evitar sua morte e de seus tripulantes, Santa Melania pagou uma boa soma em moedas pelo resgate. Depois daquela aventura, o casal se instalou na cidade de Tegaste, na Numidia, causando boa impressão entre os moradores da cidade. Certa vez Piniano, ao visitar Santo Agostinho de Hipona (que os chamou de “verdadeiras luzes da Igreja”) formou-se um burburinho porque as pessoas queriam que Piniano fosse ordenado sacerdote para exercer entre eles o seu ministério. Para acalmar as pessoas Piniano prometeu que, se algum dia fosse ordenado sacerdote, iria exercer seu ministério em Hipona. Na África, Santa Melania fundou e adotou dois novos monastérios: um masculino e outro feminino. Neles recebeu especialmente as pessoas que tinham sido seus escravos. A própria Melania vivia no monastério feminino e se sobressaia entre todas por causa de sua vida austera: alimentava-se somente a cada três dias e se ocupava em copiar livros em grego e em latim. Quinhentos anos depois, seus manuscritos circulavam ainda em vários lugares. No ano 417, em companhia de sua mãe e de seu esposo partiu da África para Jerusalém, hospedando-se numa pousada para peregrinos, próximo do Santo Sepulcro. Dali formou uma expedição com Piniano para visitar os monges do Egito. Ao voltarem, fortalecidos pelos exemplos daqueles anacoretas, Melania decidiu isolar-se fora dos muros de Jerusalém, numa vida de oração e contemplação. Sua prima Paula, sobrinha de Santa Eustáquia, foi uma dia visitá-la. Paula apresentou a Melania, em Belém, um grupo cujo formador era São Jerônimo e foi recebida com beneplácito. Conta-se que a primeira vez que se encontrou com São Jerônimo, aproximou-se dele com gestos humildes e respeitosos, ajoelhando-se diante dele para pedir a bênção.

Depois de 14 anos morando na Palestina, morreu Albina (sua mãe) e no ano seguinte Piniano (seu esposo). Melania sepultou os dois lado a lado no Monte das Oliveiras; construindo ali uma pequena cela monástica que, mais tarde, se tornou um grande convento de virgens consagradas, dirigido dor Santa Melania. Mostrou-se sempre preocupada com o bem estar e a saúde de sua congregação. Quatro anos depois da morte de seu marido, Santa Melania teve noticias de um seu tio materno chamado Volusiano que ainda era pagão e que morava em Constantinopla dirigindo uma embaixada. Decidiu então ir pessoalmente tentar convertê-lo, pois já era um ancião. Assim, viajou a Constantinopla com seu capelão e biógrafo Gerôncio a tempo de converter seu tio antes de sua morte, que aconteceu em seus braços, após o batismo. Diz-se que a vontade de Melania em converter seu tio ancião era tanta que, se fosse preciso, ela apelaria para o imperador Teodósio para intervir no assunto. Porém seu tio Volusiano disse a sua sobrinha: “não deves forçar a boa e livre vontade que Deus te deu. Estou pronto e ansioso para limpar as inumeráveis manchas de minha alma. E faço isso não por mandato do imperador, pois se assim fosse, seria por obrigação e não por mérito e vontade.”

Na véspera da Natividade de 439, Santa Melania estava em Belém, e depois da Missa da manhã, disse à Paula que sua morte estava próxima. No dia de Santo Estevão, assistiu a missa em sua basílica e, depois, estando já no convento, leu junto com suas irmãs o relato de seu martírio, no Novo Testamento. Ao terminar a leitura, todas se aproximaram de Melania para desejar-lhe felicidades, e ela respondeu: “O mesmo eu desejo para vós, porém, não escutareis outra vez mais de minha boca esta leitura”. Naquele mesmo dia, fez uma última visita a alguns monges e, já na volta, encontrava-se muito enfraquecida. Reuniu todas as irmãs e pediu que por ela orassem “porque já iria para o Senhor”. Falou brevemente que, “se alguma vez havia falado palavras severas, só o havia feito por amor” e concluiu dizendo: “bem sabe Deus que não valho nada e não me atrevo a me comparar com uma boa mulher e nem com as que vivem sobre a terra. Porém, o inimigo, no juízo final, não poderá me acusar de nenhum dia ter-me deitado com rancor em meu coração. No domingo seguinte, bem cedo, quando o sacerdote celebrava a missa, com a voz entrecortada pelos soluços, Melania pediu que ele pronunciasse melhor as palavras rituais, pois ela não podia ouvir direito. Recebeu durante todo aquele dia muitas visitas, até que disse: “Agora, deixem-me descansar em paz”. Na hora nona, ao cair da tarde, repetindo as palavras de Jó, “como o Senhor quer, que assim seja”, morreu tranquilamente. Tinha então 56 anos de idade.
Trad.: Pe. Pavlos

Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Depois de Cristo nascimentos

2. Insetos de Roma

3. Saint Vitus the Orphanotrophos

4. Saint Gelasios

5. Sagrado Caius

6. Santas dez virgens

7. Agia Olympiora

8. Saint Voursier

9. Agia Nemi

10. Saint Gavdentios

11. St. George the Miraculous, o chamado esfaqueado

12. Saint Theofylakos da Bulgária Halkidis

13. Desempenho do Natal


14. St. Mary

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)




Leituras do dia




Epístola - Tiago 2, 14-26

Evangelho - Marcos 12, 13-17

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)















Domingo, 30 de dezembro de 2018








Domingo depois de Natividade







Vida dos Santos




Santa Anísia de Tessalônica







Data de celebração: 30/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santa Anísia de Tessalônica, mon. e mártir (início do séc. IV)

Biografia:

Santa Anísia nasceu na cidade de Tessalônica, na Grécia, nos fins do século III. Seus pais eram pessoas bondosas, de muita fortuna e muito devotos. Educaram sua filha na fé cristã. Anísia tornou-se órfã muito cedo, e herdeira de muitos escravos, terras e jóias. Naquele tempo, persistiam ainda as perseguições aos cristãos. Havia um mandato do imperador Maximiano (284-305) determinando que os cristãos que não abjurassem sua fé e não oferecessem sacrifícios aos ídolos pagãos deveriam ser martirizados. Assim, qualquer pessoa poderia matar impunemente um cristão. Sabendo que era difícil os ricos entrarem no Reino dos Céus, Anísia libertou seus escravos, vendeu suas propriedades e ajudou os necessitados: viúvas, órfãos, mendigos e presos. Não os ajudava comente com dinheiro, como também cuidava dos doentes e consolava os aflitos. Quando terminaram todos os seus recursos, Santa Anísia começou a viver em extrema pobreza, trabalhando para suprir suas necessidades, e continuava visitando os presos e consolando os aflitos. Certa vez quando ia para uma reunião religiosa, viu muitas pessoas tentando entrar em um templo pagão para festejar sua divindade, mas prosseguiu seu caminho. Porém, um guerreiro que estava na multidão a fixou e a abordou, perguntando-lhe quem era e para onde ia. Santa Anísia respondeu «Sou uma serva de Cristo e vou à minha igreja». Então o guerreiro a agarrou brutalmente e tentou levá-la ao templo pagão para que participasse do culto aos seus ídolos. Quando o guerreiro estava fazendo sua oferenda, Santa Anísia se libertou de suas mãos dizendo: «Que o Senhor Jesus Cristo te proíba». Ao escutar o nome de Cristo, a quem odiava, o guerreiro a golpeou com uma espada. Santa Anísia caiu por terra coberta de sangue. Assim, a jovem Anísia entregou sua pura alma nas mãos de Cristo. Os cristãos sepultaram seu corpo próximo ao portal de entrada da cidade de Tessalônica.


Trad.: Pe. André

Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Agia Aniaia o Oikamrttis de Salónica

2. Saint Philip

3. Agios Gedeon, o Novo Mártir

4. Ossia Theodora "de Cesaréia"

5. Holy Seven Witnesses

6. Saint Leo the Archimandrite

7. Saint Anneios, o bispo de Salónica

8. St. Macarios Metropolitan of Moscow


9. Saint Daniel o trabalhador do milagre

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Leituras do dia




Marinas - João 20, 19-31

Epístola - Gálata 1, 11-19

Evangelho - Mateus 2, 13-23

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)








Sábado, 29 de dezembro de 2018








Sábado depois da Natividade







Vida dos Santos




Os Santos Meninos Inocentes







Data de celebração: 29/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Os Santos Meninos Inocentes, mártires, séc. I (cerca de 14.000) decapitados por Herodes

Biografia:

A Igreja honra como mártires este coro de crianças, vítimas do terrível e sanguinário rei Herodes, arrancadas dos braços das suas mães para escrever com o seu próprio sangue a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e merecer a glória eterna, segundo a promessa de Jesus: “Quem perder a vida por amor a mim há-de encontrará-la.”

Herodes, chamado «o Grande», governava o povo judeu, dominado por Roma, na época do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Herodes era idumeo, isto é, não era um judeu pertencente à casa de David e Aarão, mas descendia de um povo que foi forçado a abraçar o judaísmo por um tal de João Hyrcan. Ocupava o trono da Judéia por um favor especial da casa Imperial de Roma. Portanto, desde que ouviu dizer que já estava no mundo um ser nascido como «rei dos judeus», a quem os três sábios magos do Oriente vieram adorar, Herodes ficou perturbado e vivia com medo de perder sua coroa. Assim, ele convocou os sacerdotes e escribas para sondar-lhes sobre o lugar preciso onde deveria nascer o Messias. A resposta unânime foi: «Em Belém da Judéia». Mais assustado do que nunca, ordenou todo o tipo de diligências para encontrar os magos que vieram do Oriente em busca do «rei» para lhe prestarem homenagens. Tendo encontrado os magos, interrogou-lhes secretamente sobre seus conhecimentos, os motivos da viagem, suas esperanças, até que, por fim, recomendou-lhes que fossem a Belém e os despediu dizendo: «Ide, e perguntai diligentemente pelo menino e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore» Mt 12,8. E, sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, depois de prestarem suas homenagens ao menino, partiram para a sua terra por outro caminho. «E, tendo eles se retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: `Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para o matar`». O episódio é narrado somente pelo evangelista Mateus, que se dirigia principalmente aos leitores hebreus e, portanto, tencionava demonstrar a messianidade de Jesus, no qual se realizaram as antigas profecias: “Quando Herodes descobriu que os sábios o tinham enganadom ficou furioso. Mandou matar em Belém e nos arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo que ele tinha apurado pelas palavras dos sábios. Foi assim que se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito: Em Ramá se ouviu um grito: coro amargo, imensa dor. É Raquel a chorar seus filhos; e não quer ser consolada, porque eles já não existem.”

Esta festa dos Santos Meninos é celebrada pela Igreja desde o V século, que os venera como mártires que não apenas morreram por Cristo, mas também no lugar de Cristo.


II – Santos Inocentes, mártires, séc. I

A Igreja honra como mártires este coro de crianças, vítimas do terrível e sanguinário rei Herodes, arrancadas dos braços das suas mães para escrever com o seu próprio sangue a primeira página do álbum de ouro dos mártires cristãos e merecer a glória eterna, segundo a promessa de Jesus: “Quem perder a vida por amor a mim há-de encontrará-la.” Para eles a liturgia repete hoje as palavras do poeta Prudêncio: “Salvé, ó flores dos mártires, que na alvorada do cristianismo fostes massacrados pelo persseguidor de Jesus, como um violento furacão arranca as rosas apenas desabrochadas! Vós fostes as primeiras vítimas, a tenra grei imolada, num mesmo altar recebestes a palma e a coroa.” O episódio é narrado somente pelo evangelista Mateus, que se dirigia principalmente aos leitores hebreus e, portanto, tencionava demonstrar a messianidade de Jesus, no qual se realizaram as antigas profecias: “Quando Herodes descobriu que os sábios o tinham enganadom ficou furioso. Mandou matar em Belém e nos arredores todos os meninos de dois anos para baixo, conforme o tempo que ele tinha apurado pelas palavras dos sábios. Foi assim que se cumpriu o que o profeta Jeremias tinha dito: Em Ramá se ouviu um grito: coro amargo, imensa dor. É Raquel a chorar seus filhos; e não quer ser consolada, porque eles já não existem.” A origem desta festa é muito antiga. Aparece já no calendário cartaginês do século IV e cem anos mais tarde em Roma no Sacramentário Leonino. Hoje, com a nova Reforma Litúrgica, a celebração tem um carácter jubiloso e não mais de luto, como o era antigamente, e isto em sintonia com os simpáticos costumes medievais, que celebravam nestas circunstâncias a festa dos meninos do coro e do serviço do altar. Entre as curiosas manifestações temos aquela de fazer descer os cónegos dos seus lugares ao canto do versículo: “Depôs os poderosos do trono e exaltou os humildes.” Deste momento em diante, os meninos, revestidos das insígnias dos cónegos, dirigiam todo o ofício do dia. A nova liturgia, embora não querendo ressaltar o carácter folclórico que este dia teve no curso da história, quis manter esta celebração, elevada ao grau de festa por São Pio V, muito próxima da festa do Natal. Assim colocou as vítimas inocentes entre os companheiros de Cristo, para circundar o berço de Jesus Menino de um coro gracioso de crianças, vestidas com as cândidas vestes da inocência, pequena vanguarda do exército de mártires que testemunharão, com o sangue, a sua pertença a Cristo.
Trad.: Pe. André


Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Holy Infants (cerca de 14,000) que marcou a ordem de Herodes

2. Oscar Marcello

3. Saint Athenodorus

4. Santo Georgios bispo do poeta Nicomedia dos cânones persas e Troparion

5. Memória de todos os cristãos que morreram no martírio da glória de Cristo, da fome, da sede, do frio e da faca

6. Holy Thunderous the Confessor

7. Lembrança da Inauguração do Templo de Santo Tessarakon "perto do Cobre de Tetrapylos"

8. São Benjamim


Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)




Leituras do dia



Epístola - I Timóteo 6, 11-16 

Evangelho - Mateus 12, 15-21

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)








Sexta-feira, 28 de dezembro de 2018








Sexta-feira depois da Natividade




Vida dos Santos




Santos Mártires de Nicomédia







Data de celebração: 28/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santos Mártires de Nicomédia († 303)

Biografia:

No século VI, quando governava Diocleciano e Máximos, havia muitos cristãos na cidade de Nicomédia. O bispo da cidade era Antimos, homem digno que incansavelmente, noite e dia, rezava pelas almas dos fiéis. Este número expressivo de cristãos fez aumentar a inveja dos idólatras que desejavam eliminar as igrejas cristãs, principalmente as maiores e as centrais da cidade. Planejaram então na festa da Natividade fazer uma matança de cristãos. Os cristãos como nada sabiam, reuniram-se para celebrar o Nascimento de Cristo, normalmente. O bispo Antimos, ao saber que estavam rodeados por um exército e idólatras armados, ordenou que se celebrasse rapidamente o Sacramento da Eucaristia. Batizou os catecúmenos para lhes assegurar a salvação. Os idólatras atearam fogo na Igreja onde morreram muitos cristãos. Este trágico fato, no entanto, não diminuiu o número de membros da Igreja, pelo contrário, mais pessoas abraçaram a fé. Esta situação recorda as palavras de Jesus Cristo que disse: «edificarei a minha igrejas e as portas do inferno não prevalecerão contra ela» (Mt 16,18)

Trad.: Pe. Pavlos

Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Santos Bispos (20,000) testemunhas queimaram em Nicomedia

2. Agioi Indis, Gorgonios, Petros, Zenon, Dorotheos o Precipitus, Mardonios, Glykerios o Presbítero, Theophilus o Diácono e Mygdonios, os senadores

3. Santo Domna

4. Saint Secundus

5. Saint Vavila

6. Saint Simion the Myrwavite, o fundador do Santo Mosteiro de Simonopetra

7. O novo membro do Parlamento

8. Agios Plutodoros

9. Santo Estêvão, o Wonderworker


10. Santo Inácio de Loma

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Leituras do dia



Epístola - Tiago 2, 1-13;

Evangelho - Lucas 14, 25-35

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)








Quinta-feira, 27 de dezembro de 2018







Quinta-feira depois da Natividade







Vida dos Santos




Santo Estêvão, 
Protomártir e Arquidiácono







Data de celebração: 27/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santo Estêvão, Protomártir e Arquidiácono († 37)

Biografia:

Santo Estêvão pertencia a uma família judia que vivia no estrangeiro – isto é, fora da Terra Santa. Esses judeus eram chamados helenistas, pois cultivavam a cultura grega, que dominava o Império Romano. Depois que o Espírito Santo desceu sobre os apóstolos, a Igreja começou a crescer rapidamente e surgiu a necessidade de cuidar dos órfãos, das viúvas e dos pobres em geral que haviam sido batizados. Os apóstolos incumbiram aos cristãos de escolher entre eles sete homens qualificados para cuidar dos necessitados. Depois de consagrar a estes sete homens como diáconos (ou seja, assistentes ou colaboradores) os nomearam como seus auxiliares mais próximos. Entre estes, o jovem Estevão se destacava pela sua fé inabalável e sua facilidade com as palavras. Estevão era chamado Arquidiácono, o que significa, o primeiro diácono. Muito em breve os diáconos, além de ajudar no cuidado com os pobres, começaram a participar nas orações e cerimônias religiosas.

Estevão pregava a palavra de Deus em Jerusalém. Fundamentava a verdade de suas palavras com presságios e milagres. Seu êxito foi muito grande e isso provocou o ódio dos fariseus, rigorosos defensores da lei de Moisés. Eles o prenderam e o conduziram ao Sinédrio, o supremo tribunal dos judeus. Lá, os fariseus apresentaram falsos testemunhos que asseguravam que ele ofendia a Deus e ao profeta Moisés em suas pregações. Justificando-se perante o Tribunal, Santo Estevão expôs diante do Sinédrio a história do povo judeu, e demonstrou, citando os exemplos, de como os judeus sempre se opunham a Deus e matavam os profetas que Ele enviava. Ouvindo isso, os membros do Tribunal ficaram cheios de indignação e cólera contra Estevão.

Neste momento Estevão viu como se os céus se abrissem sobre ele e exclamou: «Eu vejo o Filho do Homem sentado à direita de Deus». (At (7, 60) Os membros do Sinédrio ficaram ainda mais indignados ao ouvir isto e tapavam os ouvidos. Logo, lançaram-se contra Estevão e o arrastaram para fora da cidade. Ali, de acordo com o que determinava a lei, teve início a execução de sua sentença. Os que prestaram os falsos testemunhos foram os primeiros a apedrejá-lo. Um jovem chamado Saulo, que consentia com o assassinato de Estevão, assistia a tudo enquanto guardava as capas dos apedrejadores. Sob uma chuva de pedras, Estevão exclamou: «Senhor, não lhes imputes esse pecado e recebe a minha alma». Todos estes acontecimentos, e o que foi dito por Estevão no Sinédrio, foi registrado pelo evangelista Lucas em At 6, 8.

Assim que o Arquidiácono Estevão foi o primeiro mártir de Cristo no ano 34 após o nascimento de Jesus Cristo. Depois disso, teve início em Jerusalém, a grande perseguição aos cristãos. Para salvar a si mesmos, muitos tiveram de se proteger em diferentes partes da Terra Santa e em países vizinhos. E, a fé cristã começou a ser disseminada em diferentes partes do Império Romano. O sangue do mártir não foi derramado em vão. Logo, Saulo que havia consentido com este assassinato, tornou-se cristão e se tornou o famoso Paulo – um dos maiores pregadores do Evangelho de Cristo. Muitos anos depois, quando Paulo visitava Jerusalém, foi também capturado por uma multidão enfurecida de judeus que queriam apedrejá-lo. Falando com eles, lembrou-lhes a morte do inocente Estevão e sua participação nela. (At 22)


II – SANTO ESTÊVÃO, DIÁCONO, PRIMEIRO MÁRTIR, SÉC. I

Depois do Pentecostes, os apóstolos dirigiam o anúncio da mensagem cristã aos mais próximos, aos hebreus, aguçando o conflito apenas acalmado da parte das autoridades religiosas do judaísmo. Como Cristo, os apóstolos conheceram logo as humilhações dos flagelos e da prisão, mas apenas libertados das correntes retomam a pregação do Evangelho. A primeira comunidade cristã, para viver integralmente o preceito da caridade fraterna, colocou tudo em comum, repartindo diariamente o que era suficiente para o seu sustento. Com o crescimento da comunidade, os apóstolos confiaram o serviço da assistência diária a sete ministros da caridade, chamados diáconos.

Entre eles sobressaía o jovem Estêvão, que além de exercer as funções de administrador dos bens comuns, não renunciava ao anúncio da Boa Nova, e o fez com tanto sucesso que os judeus “apareceram de surpresa, agarraram Estêvão e levaram-no ao tribunal. Apresentaram falsas testemunhas, que declararam: “Este homem não faz outra coisa senão falar contra o nosso santo templo e contra a Lei de Moisés. Nós até o ouvimos afirmar que esse Jesus de Nazaré vai destruir o templo e mudar as tradições que Moisés nos deixou.”

Estêvão, como se lê nos Actos dos Apóstolos, cheio de graça e de força, como pretexto de sua autodefesa, aproveitou para iluminar as mentes de seus adversários. Primeiro, resumiu a história hebraica de Abraão até Salomão, em seguida afirmou não ter falado contra Deus, nem contra Moisés, nem contra a Lei, nem fora do Templo. Demonstrou, de facto, que Deus se revelava também fora do Templo e se propunha a revelar a doutrina universal de Jesus como última manifestação de Deus, mas os seus adversários não o deixaram prosseguir no discurso, “taparam os ouvidos e atiraram-se todos contra ele, em altos gritos. Expulsaram-no da cidade e apedrejaram-no.”

Dobrando os joelhos debaixo de uma tremenda chuva de pedra, o primeiro mártir cristão repetiu as mesmas palavras de perdão pronunciadas por Cristo sobre a Cruz: “Senhor, não os condenes por causa deste pecado.” Em 415 a descoberta das suas relíquias suscitou grande emoção na cristandade. A festa do primeiro mártir foi sempre celebrada imediatamente após a festividade do Natal.


Trad.: Pe. André

Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Santo Estêvão, o primeiro mártir e Archidakon

2. Saint Theodore the Written

3. São Teodoro, o 1º Arcebispo de Constantinopla

4. Saint Lucas Triglinos

5. São Maurício, seu filho Lightning e os Saints Sétimo Testemunhas de Jeová


6. St. Barbara Arcebispo de Tobolsk

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Leituras do dia



Epístola – Atos 6, 8-15; 7, 1-5,47-60

Evangelho - Mateus 21, 33-42

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)








Quarta-feira, 26 de dezembro de 2018








Quarta-feira depois da Natividade








Vida dos Santos



Santo Eutímio de Sardes







Data de celebração: 26/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santo Eutímio de Sardes († c. 825)

Biografia:

Eutímio nasceu em Lacônia e estudou em Alexandria. Após concluir seus estudos retirou-se para um monastério, destacando-se na vida monástica. Por suas virtudes e educação, foi eleito bispo, ocupando o trono metropolitano de Cerdenha. Como metropolita, participou do Sétimo Concílio de Nicéia (787), contra os iconoclastas. Em Sardes, de Lidia, por sua posição favorável às imagens sagradas, Santo Eutimio foi desterrado pelo imperador iconoclasta Miguel. Mais tarde, durante o império de Teófilo, foi duramente castigado com açoites, consumando seu martírio. Faleceu por volta do ano 825.

II

Santo Eutímios nasceu em Uzara, na Ásia. Depois de se ter destacado na vida monástica, foi elevado à Sé episcopal de Sardes, e confundiu os hereges no concílio geral de 787, segundo de Nicéia. Ele foi notado pelos imperadores Irineus e Constantinos VI que lhe confiaram diversas embaixadas oficiais. Mas, sob o imperador Nicéforos, Santo Eutímios foi exilado, por volta de 805, ao mesmo tempo que outros cristãos ortodoxos, em Pantelaria da Estéria, por ter conferido a tonsura monástica a uma jovem.Leão o Armênio o chamou do exílio em 815 e perguntou se ele prestava culto às imagens. Santo Eutímios respondeu firmemente como era de seu costume e lançou anátema contra o imperador. Este, furioso, decretou de imediato o seu exílio na Ásia em Mísia, onde permaneceu de 815 a 821. Quando Leão foi assassinado por Miguel o Gago, o santo foi chamado de Assos e intimado a renunciar a prestar culto às imagens. Ele condenou o imperador com suas réplicas; foi de novo mandado para o exílio em Acritas. Foi encerrado numa prisão escura, onde quatro executores o jogaram por terra e o fustigaram com nervos de boi, tão cruelmente que ele morreu oito dias depois, em 824, no dia seguinte ao Natal.

Trad.: Pe. Pavlos e Pe. André


Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)




Celebrações do dia



1. Assembléia dos santíssimos Theotokos

2. Raiva de Jesus Cristo no Egito

3. São Eutímio, o confessor, bispo de Sardis

4. São Constantino o "Seis Reis"

5. Honest Evil

6. Agios Konstantinos o russo, o novo mártir de Jerônimo

7. São Nicodemos de Tismana

8. Assembléia de Nossa Senhora de Theoskepasti em Imerovigli, Santorini

9. Assembléia de Nossa Senhora de Belém

10. Assembleia de Nossa Senhora de Alexiotissa em Patras

11. Assembléia de Panayia Latomitissa em Chios


12. Assembléia de Panagia Antivouniotissa em Corfu

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)





Leituras do dia



Epístola - Hebreus 2, 11-18

Evangelho – Mateus 2, 13-23

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
















Terça-feira, 25 de dezembro de 2018








Natividade de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo






Jesus, o Messias, realiza as promessas de Deus


O calendário Litúrgico Bizantino festeja neste domingo, que antecede o Natal, a Genealogia de Jesus, como filho da humanidade. Tanto São Lucas como São Mateus nomeiam as gerações que antecederam o nascimento do Filho de Deus.

O primeiro capítulo do evangelho de Mateus situa Jesus no tempo e na história dos homens como parte principal do projeto de Deus. Já se mostra aqui todo o mistério da pessoa e da ação de Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.

São Lucas apresenta a genealogia, não no primeiro capítulo como faz São Mateus, mas no capítulo terceiro, após falar de João Batista que veio antes para preparar o caminho do Senhor. Depois de apresentar Jesus como Filho de Deus, Lucas O apresenta como Filho da Humanidade. A genealogia é uma forma de contar a história, que é uma sucessão de gerações.

Orígenes, um dos padres da Igreja do século III, encontra nos textos sagrados de Mateus e Lucas base sólida para defender a dupla natureza do Messias. Ressalta que José é chamado o "esposo de Maria" e não, como era costume dizer, Maria como a esposa de José. Defende deste modo a linhagem de Jesus vindo de Maria.

"Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão". (Mt 1,1) Este é o título deste capítulo, e resume quem é a pessoa de Jesus. O Antigo Testamento se abre com o livro do Gênesis (origem) , contando o início do universo e da humanidade. Com Jesus tem início a nova Criação, uma nova Humanidade. Ele é o novo Adão. Abraão representa o começo do povo de Deus.

Sua aspiração mais profunda era ter uma terra e uma descendência. Deus lhe prometeu ser pai de um grande povo e possuir uma terra imensa (Gn 12). Mas é em Jesus, que ecoa toda a aspiração e história de um povo particular que reflete a história de toda a humanidade.

Podemos achar monótonas as listas de gerações que aparecem na Bíblia, inclusive esta, feita por Mateus. Falta compreensão de nossa parte. Acontece que para os antigos a história era uma sucessão de gerações. De pai (e mãe) para filhos passava não apenas a vida física, mas também todos os ideais e aspirações, problemas e lutas, vitórias e derrotas: "O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o esconderemos aos seus filhos; nós o contaremos à geração futura... os filhos que iriam nascer... Que se levantem e os contem aos seus filhos, para que ponham em Deus a sua confiança. .. para que não sejam como seus pais.. . cujo espírito não era fiel a Deus" (Salmo 78,1-8).

A história, portanto, é uma transmissão da consciência e da experiência que pouco a pouco vão formando a sabedoria que ensina a viver. Ouvindo a história dos pais, os filhos aprendem a viver melhor. Sabedoria é discernir o caminho da vida, e bom-senso é caminhar por ele.

Jesus é fruto de uma história de aspirações, buscas, lutas, derrotas e conquistas. Retomando toda a nossa história, ele nos ensina o caminho da vida, para que de fato encontremos aquilo que todos buscaram. O que buscamos? A realização de nossas aspirações mais profundas, que coincidem com o projeto de Deus: vida e liberdade para todos. Mas, para que todos tenham isso, é preciso justiça. E é exatamente o caminho da justiça que Jesus, segundo Mateus, vai nos ensinar. Jesus, portanto, responde não só à busca do seu povo, mas de todos os povos, de todos nós. Podemos não ver refletida n'Ele a nossa pessoa como ela é, mas, olhando bem, nele descobriremos nossas aspirações mais profundas, e a realização daquilo que Deus nos chamou a ser.

Depois de contar a história do povo através de uma lista, Mateus conta como foi o nascimento de Jesus (1,1825). Não é uma crônica biográfica, mas o relato do mistério que cerca não só a vida de Jesus, mas a vida de toda a humanidade.

Jesus não é apenas um filho da História Humana. Ele é o Filho de Deus. Sua mãe é humana. Seu Pai é Divino. N'Ele se resume o mistério que é a Vida. Deus tem a iniciativa, porque Ele é a Vida plena, geradora de toda vida.

Maria, representante da humanidade que recebe a vida de Deus, em sua virgindade concebe a vida de Jesus de modo inteiramente inesperado. É o Espírito de Deus que nela, e em nós, produz a vida nova. Assim, o nascimento de Jesus, resposta de Deus aos anseios da humanidade, começa por nos ensinar que a vida é fruto da iniciativa de Deus em contato com a nossa atitude aberta e receptiva, como a atitude de Maria.

"A Virgem acolheu em seu seio o Verbo Divino, o qual, desde a eternidade, coexistia com Deus. Fez-se grandioso templo da divindade, ela, morada humilde e humana. Aquele que não podia ser contido na pequenez do corpo humano, ei-Lo na estreiteza do ventre virginal. O anjo ao dizer "conceberás em teu ventre e darás à luz um menino" indica que é uma concepção real e não metafórica. È Deus que se encarna" . Com estas palavras S. Pedro Crisólogo, grande e eloqüente patrístico da igreja Indivisa do ano de 420, concluiu seu sermão de Natal.

Jesus, o Emanuel, o Deus-conosco, nos ensina a obter a verdadeira liberdade e a viver a verdadeira vida, a fim de nos tornarmos o que Deus deseja. O termo "Deus conosco", diz São Gregório de Nissa, surpreendeu a todos, pois a divindade se aproximou da criatura, fez-se pequeno sem perder nada de sua essência. Deu à humanidade algo tão precioso que até mesmo as criaturas celestes se admiraram com tamanha doação.

Ao refletirmos sobre a genealogia, preparemo-nos para as festividades do Natal, adorando o Deus-Menino nascido na gruta, cercado pelos animais e humildes pastores. Na aparência, um menino indefeso e frágil; na verdade, o DEUS Todo-poderoso!



FONTES CONSULTADAS:
GOMES, C. Folch Antologia dos Santos Padres. São Paulo: Ed. Paulinas. 3ª Ed.
STORNIOLO, Ivo Como Ler o Evangelho de Lucas. São Paulo: Ed. Paulus. 4ª Ed.







Vida dos Santos




Nascimento, segundo a carne, de Nosso Senhor Jesus Cristo







Data de celebração: 25/12/2018

Tipo de festa: Fixa

Festa do dia: 
Nascimento, segundo a carne, de Nosso Senhor Jesus Cristo

Biografia:


Homilia de Natal de São João Crisóstomo

Surpreende-me um novo e maravilhoso mistério!
Meus ouvidos ressoam ante o hino dos pastores,
que não entoam uma melodia suave,
mas um hino celestial ensurdecedor.

Os anjos cantam!
Os Arcanjos unem suas vozes em harmonia!
Os Querubins entoam cheios de alegria os seus louvores!
Os Serafins exaltam a sua glória!
Todos se unem para louvar, nesta santa festividade,
surpreendendo-se ante o mesmo Deus aqui na terra,
e o homem no céu.
Aquele que está acima,
repousa aqui embaixo pela nossa salvação;
e nós, que estávamos abaixo,
somos exaltados pela divina misericórdia

Hoje Belém se torna semelhante aos céus
escutando, lá das estrelas,
os cânticos das vozes angelicais
e, no lugar do sol,
presencia o surgimento do Sol da Justiça.

Não perguntem como isto é possível,
pois quando Deus quer,
a ordem da natureza é alterada.
Porque Ele quis,
teve o poder para descer.
Ele salvou.
Tudo se moveu em obediência a Deus.

Hoje, Aquele que é, nasce.
E, Aquele que é,
converte-se no que não era.
Pois, quando era Deus,
se fez homem sem deixar de ser Deus…

E assim os reis chegaram,
vendo o Rei celestial que veio a terra,
sem trazer anjos nem arcanjos,
nem tronos nem dominações,
nem poderes nem principados,
mas iniciando um novo e solitário caminho,
a partir de um seio virginal.
E, não obstante,
não se esqueceu de seus anjos,
não os privou de seu cuidado,
porque, por sua encarnação,
não deixou de ser Deus.

E, vejam só:
os reis chegaram para servir o chefe dos exércitos celestiais;
as mulheres vieram para adorá-Lo,
pois Ele nasceu de uma mulher,
para que as dores do parto se tornassem alegria;
as virgens, ao filho da Virgem…

Os pequeninos vêm adorá-Lo,
pois se fez pequeno,
e da boca dos pequeninos
sai o perfeito louvor;
as crianças, à criança que levantou mártires
pela matança de Herodes;
os homens, Àquele que se faz homem
para curar as misérias de seus servos.

Os pastores, ao Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas;
os sacerdotes, Àquele que se faz Sumo Sacerdote
segundo a ordem de Melquisedec;
os servos, Àquele que tomou a forma de servo
para abençoar nosso trabalho com a recompensa da liberdade (Fil 2,7);
os pescadores, ao Pescador da humanidade;
os publicanos, Àquele que, estando entre eles,
os escolheu e nomeou evangelistas;
as mulheres pecadoras,
Àquele que entregou seu pesas lágrimas da mulher pecadora arrependida,
e para que eu também, assim, pudesse abraçá-los;
todos os pecadores vieram para ver o Cordeiro de Deus
que carrega sobre Si os pecados do mundo.
Por isso, todos se regozijam,
e eu também quero regozijar-me.

Desejo participar desta dança e deste coro para celebrar esta festa.
Tomo, porém, meu lugar,
não tocando uma harpa nem trazendo uma lâmpada,
mas abraçando o madeiro de Cristo.

Porque este é a minha esperança!
Este é minha vida!
Este é a minha salvação!
Este é meu canto, minha harpa!
E, trazendo-o em meus braços,
venho diante de vós,
tendo recebido o poder e o dom da palavra,
e com os anjos e os pastores, canto:

Glória a Deus nas alturas,
paz sobre a terra, benevolência entre os homens!

Tropário da festa da Natividade

Teu Nascimento, ó Cristo Deus,
fez brilhar no mundo a luz do conhecimento.
Nela os adoradores dos astros
aprenderam de um astro a adorar-te, Sol de Justiça,
e a reconhecer-te como o Oriente vindo do alto.
Senhor, glória a Ti!


Trad.: Pe. André

Extraído do site: ecclesia.com.br


Nascimento do Salvador Cristo

Não há nada, em tudo feito por Deus ao longo dos séculos, mais benéfico e mais divino que o nascimento de Cristo que celebramos hoje.
... como salienta San Gregorio Palamás. Com efeito, todos os santos nos dizem que o início e a raiz de todas as celebrações dominicais é o nascimento do Salvador Cristo. Se a criação do céu e da terra, a composição do mar e do ar, a geração dos elementos máximos, mostram a força da Palavra de Deus, muito mais, a condescendência que Deus teve para encarnar e tornar-se humana, revela isso atributo do Altíssimo. O nascimento de Cristo excede nosso raciocínio e provoca a admiração e a glorificação de todas as pessoas. Ninguém tinha a esperança de que Deus se tornasse humano e vivesse entre nós. É por isso que o anjo disse: "Eis que eu te dou o bom anúncio de grande alegria, que será para todo o povo" (Lc 2, 10). Vejamos as conseqüências do nascimento de nosso Senhor pelo ecumene. 

As consequências da encarnação do Senhor são muitas. Em primeiro lugar, devemos sentir que ele nos deu seu próprio ser. Isso não pode ser comparado a nenhum outro dom de Deus. Então a encarnação de Cristo influenciou toda a criação. Os anjos obtiveram a imutabilidade, os humanos conseguiram reparar, os demônios foram humilhados. O Senhor trouxe a paz. Uma paz "perfeita e imutável, que é oferecida a todos aqueles de boa vontade sem distinção", como escreve um santo da Igreja. Somente com o nascimento do Senhor foi revelada a boa vontade de Deus. Deus queria que suas criaturas atingissem a perfeição e a deificação. 

O nascimento de Cristo é um mistério de amor. Em uma das canções de natal é claramente dito: "Quando o Criador viu que o ser humano que Ele criou com Suas próprias mãos foi perdido, Ele curvou os céus e desceu".Sua humildade é infinita e, naturalmente, o máximo. A encarnação de Cristo provoca admiração e espanto pelo ser humano. Deus nos amou.Isso cria obrigações para nós amá-lo também. Nada no mundo é suficiente para cumprir nossas dívidas diante de Deus. O Senhor tornou-se humano, sem pedir nada de nós, porque nada aguarda em troca que não é para nosso benefício. Por outro lado, Deus não precisa de nada.Sua encarnação nos beneficiou, porque nos libertou do jugo do maligno para se tornar filhos de Deus. Irmãos de Cristo e filhos de Deus, agora podemos desfrutar da vida verdadeira que é nossa união com Deus.Cristo, com a Sua encarnação, tornou-se o fermento com o qual toda a humanidade foi amassada. Ele foi chamado de primogênito para se tornarem os primeiros frutos da adoção filial de todos os humanos da boa vontade, porque essa foi a sua vontade, para nos dar a força para se tornar filhos de Deus. 

Com tudo isso em mente, devemos fazer a paz com Deus, cumprindo tudo o que lhe agrada. Devemos aprender a orar, ser prudente, sempre dizer a verdade e agir com justiça. Devemos fazer a paz com nós mesmos, submeter a carne ao espírito, ter um comportamento consciente e serenidade em nossos pensamentos. Devemos estar em paz com os outros mostrando tolerância e longanimidade. Deste modo, nos afastaremos do pecado, teremos um comportamento celestial, viveremos com a esperança da redenção da corrupção e das tentações do cotidiano e nos livraremos do demonio maligno que nos levou longe de Deus e da vida verdadeira. Cristo nasceu para nos aproximar de Ele, para se tornarem seus irmãos, para nos dar o que Ele tem: bem-aventurança e amor. A boa vontade de Deus é que nos salvemos do peso do pecado e do domínio do maligno. 

Para terminar podemos comentar sobre tudo o que San Gregorio Palamás escreve, com os seguintes pensamentos. A encarnação de nosso Senhor, não foi consumada de modo que nós somos simplesmente melhores do que antes, mas renovamos a natureza ontologicamente humana e liberamos a criação em um sentido mais amplo, corrupção e morte. O Senhor assumiu a natureza humana e levou-a à deificação, que é o fim da criação do ser humano. Por este grande presente que ele nos deu, ele não atinge toda a nossa vida para louvá-lo e glorificá-lo. Estamos eternamente em dívida com Ele pelo Seu imenso amor por nós. Este mistério de devoção e amor, devemos experimentá-lo pessoalmente em nossa vida eclesiástica e principalmente na Eucaristia divina. Desta forma, nos tornaremos verdadeiros adoradores do nascimento de Cristo.Em nós, o grande evento será repetido de novo, experimentaremos pessoalmente a presença de Deus e poderemos dar testemunho autêntico de Sua pessoa. Não conheceremos simplesmente as coisas divinas, mas sofreremos as coisas divinas, que é o evento mais importante da nossa vida. 

O DIA DO NASCIMENTO DO CRISTO SAVÁRIO (POR SAN JUAN CRISÓSTOMO) 

Assim como Deus removeu a costela de Adão sem danificar a integridade de seu corpo, ele também fez do corpo da Virgem um templo vivo, sem danificar sua pureza virginal. Adam estava completo após a remoção de sua costela, a Virgem também se tornou incorruptível após o nascimento do Menino. É por isso que ele não usou outra maneira de construir Seu próprio templo, nem Ele criou outro corpo para revelar-se na Terra, de modo que Ele não parece desprezar o assunto do qual Adão foi criado.Porque o ser humano foi enganado e transformado em um instrumento do diabo, o Senhor reconstruiu este templo vivo que havia sido destruído para manter o ser humano longe de suas relações com o diabo, unindo-o ao seu Criador. No entanto, mesmo quando ele se tornou humano, ele não nasceu como um ser humano, mas como Deus. Porque se eu nascesse de um casamento comum, como eu, muitos considerariam o nascimento de Deus falso. É por isso que agora é nascido de uma Virgem e, enquanto nasce, mantém a matriz materna intacta e a virgindade intacta, de modo que a estranha forma de gravidez é a causa de uma grande fé em mim. É por isso que eu sou um idólatra que me pede, seja judeu, se Cristo fosse o Deus verdadeiro e se tornasse humano, apesar das leis da natureza, eu responderei sim e chamarei como testemunho das minhas palavras o selo de virgindade não ligado. Porque Deus assim supera a ordem natural, assim recria o útero


Extraído do site: ortodoxia.org



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. O nascimento da carne do Senhor Jesus Cristo

2. Adoração dos Magos


3. Memória dos pastores que viram o Senhor Jesus Cristo

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)





Leituras do dia




Matinas - Mateus 1, 18-25

Epístola - Gálatas 4, 4-7

Evangelho - Mateus 2, 1-12

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
















Postagens mais visitadas

Pesquisar este blog

Total de visualizações de página