Domingo após a Teofania
A Festa da «Santa TEOFANIA»
São Paulo escreve à Comunidade de Éfeso, instruindo-a que a Igreja se
edifica pela variedade dos dons e pela participação de cada fiel na vitalidade
do único Corpo de Cristo. Tais dons são recebidos no Batismo e colocados ao
serviço de toda a Igreja. Põe em relevo a origem única e generosa do dom
concedido a cada um. É uma afirmação da fé em Cristo, Principio e Fim de tudo.
A Fonte dos dons eclesiais é o Cristo Glorioso, O que está sentado à
direita do Pai. Esclarece depois a função e o objetivo dos dons que se
concretizam nos ministérios. O objetivo essencial das diversas funções é
favorecer o Corpo de Cristo na Unidade e na Caridade.
No Domingo após a Epifania do Senhor, tendo celebrado o seu santo
Batismo, o evangelista Mateus nos narra os episódios que sucederam o período de
quarenta dias no deserto:
«Em seguida o Espírito impeliu Jesus para o deserto. Jesus ficou no
deserto durante quarenta dias, e ai era tentado por Satanás. Jesus vivia entre
os animais selvagens e os anjos O serviam» (Mc 1, 12-13).
O Senhor, após seu Batismo no Rio Jordão, é guiado pelo Espírito ao
deserto e lá confronta-se com as provações. Jesus venceu todas as tentações.
O início de sua pregação aconteceu após a prisão de João, o Precursor,
daquele que veio preparar sua vinda.
«Depois que João Batista foi preso, Jesus voltou para a Galiléia,
pregando a Boa Notícia de Deus: ‘O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está
próximo: convertam-se e creiam no Evangelho» (Mc 1, 14-15).
E começa dizendo que o tempo da espera tinha chegado ao fim: “o tempo já
se cumpriu”. João Batista anunciava por sua pregação o caminho de preparação
para a vinda do Messias. Jesus, porém, não anunciou sua chegada, mas que o
Reino de Deus já estava no meio deles. Sua pregação não era em torno de sua
própria Pessoa. Ele não chamava atenção sobre Si mesmo; mas anunciava que o
tempo da libertação definitiva já havia chegado.
A breve mensagem de Jesus soava como a do Batista. Só que Jesus a
personificou e, o arrependimento que pedia era para receber o Evangelho. O
Reino de Deus se fez, portanto, presente e atuante na pessoa de Jesus. Como o
Batista, Jesus também exigia conversão: “convertam-se”. Mas não era mais uma
conversão na expectativa da vinda do Filho de Deus. A conversão acontecia
porque o Senhor do Céu e da Terra, o Filho Unigênito de Deus já estava entre os
homens.
A missão do Senhor, portanto, teve inicio após estes dois grandes
acontecimentos: o Batismo e o tempo de oração no deserto. Das águas
vivificantes do Jordão e da aridez do deserto nasceram o impulso do anúncio do
Reino de Deus.
Assim como o Batismo do Senhor O levou à Missão Evangelizadora, também
nosso Batismo deve frutificar em momentos de graça. O Batismo nos convida à
oração e à meditação; nos convida ao deserto onde podemos fazer a experiência
do encontro pessoal com Deus. Depois, iluminados e revestidos da Graça,
poderemos partir para a missão e pregar «aquilo que vimos, ouvimos e
sentimos» (São Paulo).
Após a Epifania, os evangelhos não mencionam mais nenhum batismo até a
Ressurreição do Senhor, quando os discípulos receberam d’Ele a ordem de batizar
a todos.
O acontecimento no Jordão e o início de sua pregação na Galileia
revestem-se de especial relevância, bem maior que a de simples dados
biográficos ou históricos. Eles revelam de fato, quem é Jesus na História da
Salvação. Tanto nos Evangelhos como nos Atos dos Apóstolos, o Batismo do Senhor
é visto como ponto de partida do Mistério da Salvação e da Redenção do mundo.
Para São Clemente de Alexandria (+215) «O Batismo é iluminação,
regeneração, banho e, através dele, nos tornamos filhos de Deus, recebendo a
imortalidade.» Deus nos fez para a vida e não para a morte. Deus nos fez
para a Luz e não para as trevas. Uma vez iluminados e viventes, nosso
compromisso é nos conformar gradativamente a Cristo, vivendo sob a luz de seus
ensinamentos: amando, perdoando e proclamando sem cessar a todos a Boa-Nova da
Salvação que Ele nos trouxe.
Santo Irineu (†202) defendeu em seus escritos o batismo administrado às
crianças e não somente aos adultos «para que a Graça Divina – diz ele –
seja dada a todos desde cedo, para que sua missão comece igualmente cedo.»
Referências bibliográficas:
GOEDERT, Valter. Teologia do Batismo. São Paulo – Ed. Paulinas – 1987.
BALANCIN, Euclides Martins. Como ler o Evangelho de Marcos. São Paulo –
Ed. Paulus – 2000.
FABRIS, Rinaldo. Cartas de São Paulo – São Paulo. Ed. Loyola – 1996
Extraído do site: ecclesia.com.br
Vida dos Santos
Data de celebração: 14/01/2024
Tipo de festa: Fixa
Santo (a) do dia: S. Nina da Geórgia, virgem e monja († 335)
Biografia:
Hino do dia
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Celebrações do dia
1. Santa Nina Isapostolos
2. Santos Trinta e Três Padres em Raithos revogados
3. Santos Trinta e Oito Padres do Sinai revogados
4. São Teodoulos, filho do Santo Nilo
5. Santo Estêvão, fundador do Mosteiro de Chinolakkos
6. Santo Agni
7. São Savvas, Primeiro Arcebispo da Sérvia e Fundador do Santo Mosteiro de Chilandari
8. São adão
9. Agios Ioannikios Arcebispo de Tyrnovo
10. São Akakios da Rússia
11. São Meletius, bispo de Ryazan
12. São Platão, o Hieromártir, o primeiro bispo da Estônia e de todos os Santos Novos Mártires da Estônia
Leituras do dia
Evangelho - Mateus 4, 12-17
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário