2º Domingo da Quaresma
Domingo de São Gregório Palamas
São Gregório Palamás, arcebispo de Tessalônica, (+1360)
Neste Segundo Domingo da Quaresma a Igreja nos recorda a glória do santo Arcebispo de Tessalônica, São Gregório Palamás que, com «bendita paixão» (como ele mesmo afirmava) venceu sobre aqueles que ridicularizavam a forma santa de orar de nossos ascetas Athonitas. E que hoje, não obstante, muitos dos que receberam a má influência de Barlaam o Calabrés, visitam o Monte Athos (e também a Rússia, como outros lugares hesicastas) em busca da verdadeira espiritualidade dos Santos Padres. Nosso Santo padre Gregório Palamás foi um dos maiores teólogos de nossa Igreja e nos desvelou o mistério das «Energias divinas» e da «Luz Incriada», temas já investigados por nosso santo padre Gregório de Nissa. Por isso, humildemente se pode afirmar: São Gregório Palamás é sinônimo de Ortodoxia.
São Gregório Palamás, arcebispo de Tessalônica, (+1360)
A Veneração às Santas Relíquias
A veneração às relíquias de santos cristãos teve inicio no culto aos mártires do inicio do cristianismo que eram vistos como símbolo do sofrimento, da morte e da vitória do Cristo. No santo mártir, a fé por Cristo ganhava forma; era uma realidade próxima, possível de ser imitada. Por isso restos dos corpos desses mártires e objetos que lhes pertenciam eram venerados com respeito e devoção pelos cristãos da Igreja perseguida, pois, não negando a fé no Ressuscitado, derramaram seu sangue por Ele, O testemunhavam com sua vida.
Após o Edito de Milão, quando a Igreja deixou de ser perseguida, essas relíquias dos primeiros santos mártires eram colocadas em altares para veneração. Tempos depois as relíquias eram incrustadas no Altar principal, onde se celebrava a Sagrada Liturgia.
O Altar é o símbolo do Cristo, Pedra Vida e Pedra Fundamental da Igreja . Da mesma forma que as relíquias estavam unidas ao Altar, o mártir estava unido ao Corpo Místico de Cristo de modo inseparável, pelo martírio e pela santidade de vida.
Na cerimônia Litúrgica de Consagração de uma nova Igreja ou de um novo Altar, as relíquias de um santo são colocadas naquela Igreja para veneração dos fiéis, lembrando também o primitivo costume da celebração eucarística nas catacumbas, na época da Igreja perseguida.
Neste Segundo Domingo da Quaresma, após venerarmos os santos Ícones, a Igreja do Oriente dá às santas relíquias, a mesma dignidade, honra, devoção e respeito. Os santos ícones unidos às santas relíquias são venerados pela Igreja pois são vistos pelos cristãos como testemunhas vivas da sua fé.
A devoção aos santos ícones e às santas relíquias são pois, um convite para que vivamos a Quaresma santificando nossa vida. Ela é vista como um estímulo, um convite insistente para que não esqueçamos de nossa vocação primeira: sermos santos como nosso Pai é Santo.
Encontramos relatos extraordinários de curas e milagres graças à intercessão de um santo cujas relíquias foram tocadas. As relíquias dos santos na Igreja são testemunhas do possível: a santidade nos é possível. Venerar relíquias de pessoas que viveram santamente a sua fé nos dá coragem e ânimo.
A Quaresma nos convida, através das santas relíquias, a trilharmos o caminho da caridade, do amor e do perdão. Hoje são veneradas as relíquias não só de mártires mas de todos os que amaram a Cristo em sua vida cotidiana. Ser santo é viver sua fé de maneira simples mas verdadeira. A sinceridade de nossa vida rumo à santidade nos encaminha à perfeição. A perfeição de uma vida vivida na caridade, no desapego, na solidariedade e filantropia é causa de admiração e imitação.
Muitos são os que viajam para lugares distantes para ver e, se possível, tocar as relíquias em algum lugar sagrado. As peregrinações a estes lugares já são registradas desde o inicio do cristianismo, principalmente em Jerusalém.
Nós fiéis acreditamos que ao venerarmos estas relíquias estamos testemunhando a presença do Cristo na história dos homens e mulheres simples. O santo arrasta atrás de si milhares de pessoas, e em alguns casos, não só após a morte, mas já durante sua vida.
O Evangelho de Marcos, nos confirma este pensamento: onde Jesus estava, as pessoas recorriam a Ele. Numa atitude incomum, destelhando o lugar onde se encontrava Nosso Senhor, as pessoas fizeram chegar a Ele um paralítico. Alguns poderiam pensar que tal gesto beirasse ao vandalismo, outras poderiam argumentar que a capacidade das pessoas concretizarem seus objetivos, às vezes as leva às cenas pitorescas, como esta. De qualquer forma, o interessante é que Jesus não repreendeu as pessoas por destelharem a casa, ou as elogiou pela sua determinação em ali chegar. Jesus surpreende a todos manifestando a misericórdia de Deus, perdoando os pecados daquele paralítico, causando espanto a todos. Como se uma coisa estivesse de fato associada à outra, comunica ao paralítico primeiramente o perdão de seus pecados e liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o seu corpo: «Levanta-te, toma teu leito e vai para casa!» Logo após a purificação da alma, o Senhor purifica o corpo dos males físicos, curando-o.
Esta passagem nos faz refletir sobre o "pecado". Se na época de Jesus, a noção de pecado era distorcida, no mundo de hoje padecemos de uma generalizada e progressiva banalização da mesma. Do "tudo é pecado" ao "nada é pecado". Quando pensamos que "nada" é pecado nos privamos da experiência da misericórdia divina. Como sentir o perdão de Deus se nada achamos em nós que precise ser perdoado? Como dar perdão aos que nos ofendem, se não sabemos o que é ser perdoado?
Quem acredita não ter pecado, afasta a possibilidade da presença de Deus em sua vida. Os santos homens, ao atingirem um grau quase perfeito em sua vida espiritual, achavam-se pecadores e indignos. Por que então poderíamos nós pensar diferente?
Este Segundo Domingo da Quaresma nos convida, pois, ao sacramento do Perdão. A Igreja, sinal e sacramento do Perdão Divino, é lugar de conversão e perdão fraterno. Também é portadora da mensagem do perdão que o Pai misericordioso quer estender a todos os filhos e filhas para tê-los sempre próximos. E todos nós, tornados seus membros pelo batismo, somos chamados a assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos do amor misericordioso que o Pai quer fazer chegar a cada um de nós, seus filhos e filhas.
Extraído do site: ecclesia.com.br
Vida dos Santos
Data de celebração: 31/03/2024
Tipo de festa: Fixa
Festa do dia: Santo Acácio, Bispo de Antioquia († 250)
Biografia:
Santo Acácio, cognominado Agatangelo, isto é, bom Anjo, viveu como bispo de Antioquia quando Décio era imperador romano. Em Antioquia existiam muitos Marcionitas, que abandonaram a religião, quando os católicos guiados pelo bispo, ficaram firmes na fé. O próprio bispo, por motivos de religião, foi citado perante o tribunal de Marciano. Este lhe disse: ” Tens a felicidade de viver sob a proteção das leis romanas. Convém, pois, que honres e veneres nossos príncipes, nossos defensores”. Acácio respondeu-lhe: “Quem poderá ter nisso mais interesse que os cristãos, e por quem o imperador é mais amado, senão por eles? É a nossa oração constante, que tenha longa vida aqui no mundo, governe com justiça os povos e lhe seja conservada a paz; nós rezamos pela salvação dos soldados e de todas as classes do império”.
Marciano: “Tudo isto é muito louvável, mas para dar ao imperador uma prova de submissão, vem comigo e oferece o sacrifício aos deuses”. Acácio: “Já te disse que faço oração ao supremo Deus pelo imperador; este, por’m, como criatura nenhuma, não poderá exigir de nós que lhe sacrifiquemos”. Marciano: ” Dize-me, pois, a que Deus adoras, para que possamos acompanhar-te em tuas orações”. Acácio: “Oxalá o conheças!” Marciano: “Que nome tem ele?” Acácio: “É o Deus de Abraão, Isaac e Jacó” Marciano: “São deuses também?” Acácio: “Não são deuses, mas homens a quem Deus se comunicou. Há um só Deus a quem é devida toda a oração”. Marciano: “Afinal, quem é esse Deus?” Acácio: “É o Altíssimo, que tem seu trono sobre Querubins e Serafins” Marciano: “Que coisa é Serafim? ” Acácio: “Um mensageiro do altíssimo e príncipe dos mais distintos da corte celestial” . Marciano: “Deixa de contar-nos as tuas fantasias. Abandona aqueles seres invisíveis e adora aos deuses visíveis”. Acácio: “Dize-me que deuses são” Marciano: ” É Apolo, o salvador dos homens, que nos defende contra a peste e a fome, que ilumina e governa o mundo” Acácio: “Eu adorar a Apolo, que não pode salvar-se a si mesmo; a Apolo, cujas paixões inconfessáveis são conhecidas por Dafne e Narciso; a Apolo que, como um companheiro de Netuno, trabalhou como pedreiro, para ganhar pão; eu adorar a Apolo? Pelo mesmo motivo podia queimar incenso a Esculápio, vítima do assassino Júpiter, à lúbrica Venus e a outros aventureiros do vosso culto. Isto eu nunca farei, embora custe a minha vida . como poderia adorar divindades, cuja imitação é uma vergonha e cujos imitadores são punidos pela lei?” Marciano: “Sei que vós cristãos, injuriais os nossos deuses. Por isso eu te ordeno que me acompanhes ao banquete, que será dado em homenagem a Júpiter e Juno” Acácio: ” Poderia eu adorar um homem , cujo túmulo ainda existe na ilga de Creta? Por acaso ressuscitou?” Marciano: “Basta de palavras: escolhe entre o sacrifício ou a morte” Acácio: “Esta é a linguagem dos saltadores na Dalmácia: a bolsa ou a vida! Nada. Nada receio; se fosse eu um adúltero, salteador ou ladrão, eu mesmo me julgaria; se, porém, me condenam por ter adorado a Deus vivo e verdadeira, a injustiça está ao lado do juiz”. Marciano: “Tenho ordem de obrigar-te ao sacrifício ou punir tua desobediência” Acácio: “Ordem minha é não negar a Deus; devo obedecer Deus poderoso e eterno que disse que negará perante seu Pai àquele que negar diante dos homens” Marciano: “Estás confessando o erro da tua seita, em dizer que Deus tem um filho”. Acácio: “Sem dúvida, que tem”. Marciano: “Quem é este Filho de Deus?” Acácio: “A palavra da verdade e da graça”. Marciano: “Este é seu nome?” Acácio: “Não me perguntes pelo seu nome, mas quem era” Marciano: ” Qual é pois seu nome?” Acácio: ” Jesus Cristo”. Marciano: “De que esposa Deus teve este filho?” Acácio: “Deus tem seu filho, não de maneira humana, gerado de mulher; pois o primeiro homem foi criado por suas mãos. De limo da terra formou o corpo humano e deu-lhe um espírito. O Filho de Deus,o Verbo da Verdade, saiu do coração de Deus, como está escrito: meu coração produziu boa palavra”. (S. 44,1).
Marciano insistiu que sacrificasse aos deuses e imitasse os exemplos dos Montanitas, dando assim um bom exemplo de obediência. Acácio, por’m, respondeu: ” O povo obedece a Deus e não a mim” Marciano: “Dize-me os nomes daqueles que compõem o teu povo” Acácio: “Estão escritos no livro da vida” Marciano: “Onde estão os feiticeiros teus companheiros e pregadores de nova doutrina?” Acácio: “Ninguém condena a feitiçaria mais do que nós a condenamos” Marciano: “Esta nova religião, que introduzís, é feitiçaria” Acácio: “É feitiçaria atirar ao chão ídolos feitos por mão humana? Nós temos medo só daquele, que é Senhor do Universo, que nos ama como um Pai, que como Pastor misericordioso, nos salvou da morte e do inferno”. Marciano: “Dize-me os nomes que te pedi, se quiseres poupar-te dos tormentos”. Acácio: “Aqui estou diante do tribunal. Desejas saber o meu nome e dos meus companheiros. Como vencerás os outros, se eu sozinho te envergonho? Pois seja feita a tua vontade. Eu me chamo Acácio, ou Agatangelo, e com este nome sou mais conhecido. Meus companheiros são Piso, bispo de Tróia e o sacerdote Menandro. Agora faze o que entenderes” Marciano: “Hás de ficar preso, até que o imperador tenha tomado conhecimento do teu processo”.
Décio ficou comovido pela leitura das atas e concedeu a Acácio plena liberdade no exercício da religião. Ignora-se a data da morte do Santo. Os gregos, egípcios e todas as Igrejas do Oriente celebram-lhe a festa no dia 31 de março.
Extraído do site: ecclesia.com.br
Celebrações do dia
2. Bispo Superior de Ganges
3. São Acácio, o Confessor Bispo de Melitene
4. São Teófilo, a Testemunha e as outras testemunhas em Creta
5. São Avdas Bispo da Pérsia, Benjamim, o Diácono e as nove Testemunhas de Jeová com eles e muitos outros santos que testemunharam na Pérsia
6. Saint Menander
7. São Vlasius de Amorio
8. Santos Trinta e Oito Testemunhas
9. Santo Estêvão, o Trabalhador das Maravilhas
10. São Ionas Bispo da Rússia
11. Metropolita Veniceaminov, Metropolitana de Moscou e Missionário do Alasca
12. São João Príncipe
13. Sua Alteza, o curador
4. São Teófilo, a Testemunha e as outras testemunhas em Creta
5. São Avdas Bispo da Pérsia, Benjamim, o Diácono e as nove Testemunhas de Jeová com eles e muitos outros santos que testemunharam na Pérsia
6. Saint Menander
7. São Vlasius de Amorio
8. Santos Trinta e Oito Testemunhas
9. Santo Estêvão, o Trabalhador das Maravilhas
10. São Ionas Bispo da Rússia
11. Metropolita Veniceaminov, Metropolitana de Moscou e Missionário do Alasca
12. São João Príncipe
13. Sua Alteza, o curador
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Leituras do dia
Matinas - João 21, 1-14
Epístola - Hebreus 1, 10-14; 2; 1-3
Evangelho - Marcos 2, 1-12
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Jejum
Vinho
Permitido Vinho e azeite.
Abster-se de carne, peixe, laticínios e ovos
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Permitido Vinho e azeite.
Abster-se de carne, peixe, laticínios e ovos
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário