Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024

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Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

D E Z E M B R O

Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024.

 




Natividade de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo






Jesus, o Messias, realiza as promessas de Deus


O calendário Litúrgico Bizantino festeja neste domingo, que antecede o Natal, a Genealogia de Jesus, como filho da humanidade. Tanto São Lucas como São Mateus nomeiam as gerações que antecederam o nascimento do Filho de Deus.

O primeiro capítulo do evangelho de Mateus situa Jesus no tempo e na história dos homens como parte principal do projeto de Deus. Já se mostra aqui todo o mistério da pessoa e da ação de Jesus, verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.

São Lucas apresenta a genealogia, não no primeiro capítulo como faz São Mateus, mas no capítulo terceiro, após falar de João Batista que veio antes para preparar o caminho do Senhor. Depois de apresentar Jesus como Filho de Deus, Lucas O apresenta como Filho da Humanidade. A genealogia é uma forma de contar a história, que é uma sucessão de gerações.

Orígenes, um dos padres da Igreja do século III, encontra nos textos sagrados de Mateus e Lucas base sólida para defender a dupla natureza do Messias. Ressalta que José é chamado o "esposo de Maria" e não, como era costume dizer, Maria como a esposa de José. Defende deste modo a linhagem de Jesus vindo de Maria.

"Livro da origem de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão". (Mt 1,1) Este é o título deste capítulo, e resume quem é a pessoa de Jesus. O Antigo Testamento se abre com o livro do Gênesis (origem) , contando o início do universo e da humanidade. Com Jesus tem início a nova Criação, uma nova Humanidade. Ele é o novo Adão. Abraão representa o começo do povo de Deus.

Sua aspiração mais profunda era ter uma terra e uma descendência. Deus lhe prometeu ser pai de um grande povo e possuir uma terra imensa (Gn 12). Mas é em Jesus, que ecoa toda a aspiração e história de um povo particular que reflete a história de toda a humanidade.

Podemos achar monótonas as listas de gerações que aparecem na Bíblia, inclusive esta, feita por Mateus. Falta compreensão de nossa parte. Acontece que para os antigos a história era uma sucessão de gerações. De pai (e mãe) para filhos passava não apenas a vida física, mas também todos os ideais e aspirações, problemas e lutas, vitórias e derrotas: "O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o esconderemos aos seus filhos; nós o contaremos à geração futura... os filhos que iriam nascer... Que se levantem e os contem aos seus filhos, para que ponham em Deus a sua confiança. .. para que não sejam como seus pais.. . cujo espírito não era fiel a Deus" (Salmo 78,1-8).

A história, portanto, é uma transmissão da consciência e da experiência que pouco a pouco vão formando a sabedoria que ensina a viver. Ouvindo a história dos pais, os filhos aprendem a viver melhor. Sabedoria é discernir o caminho da vida, e bom-senso é caminhar por ele.

Jesus é fruto de uma história de aspirações, buscas, lutas, derrotas e conquistas. Retomando toda a nossa história, ele nos ensina o caminho da vida, para que de fato encontremos aquilo que todos buscaram. O que buscamos? A realização de nossas aspirações mais profundas, que coincidem com o projeto de Deus: vida e liberdade para todos. Mas, para que todos tenham isso, é preciso justiça. E é exatamente o caminho da justiça que Jesus, segundo Mateus, vai nos ensinar. Jesus, portanto, responde não só à busca do seu povo, mas de todos os povos, de todos nós. Podemos não ver refletida n'Ele a nossa pessoa como ela é, mas, olhando bem, nele descobriremos nossas aspirações mais profundas, e a realização daquilo que Deus nos chamou a ser.

Depois de contar a história do povo através de uma lista, Mateus conta como foi o nascimento de Jesus (1,1825). Não é uma crônica biográfica, mas o relato do mistério que cerca não só a vida de Jesus, mas a vida de toda a humanidade.

Jesus não é apenas um filho da História Humana. Ele é o Filho de Deus. Sua mãe é humana. Seu Pai é Divino. N'Ele se resume o mistério que é a Vida. Deus tem a iniciativa, porque Ele é a Vida plena, geradora de toda vida.

Maria, representante da humanidade que recebe a vida de Deus, em sua virgindade concebe a vida de Jesus de modo inteiramente inesperado. É o Espírito de Deus que nela, e em nós, produz a vida nova. Assim, o nascimento de Jesus, resposta de Deus aos anseios da humanidade, começa por nos ensinar que a vida é fruto da iniciativa de Deus em contato com a nossa atitude aberta e receptiva, como a atitude de Maria.

"A Virgem acolheu em seu seio o Verbo Divino, o qual, desde a eternidade, coexistia com Deus. Fez-se grandioso templo da divindade, ela, morada humilde e humana. Aquele que não podia ser contido na pequenez do corpo humano, ei-Lo na estreiteza do ventre virginal. O anjo ao dizer "conceberás em teu ventre e darás à luz um menino" indica que é uma concepção real e não metafórica. È Deus que se encarna" . Com estas palavras S. Pedro Crisólogo, grande e eloqüente patrístico da igreja Indivisa do ano de 420, concluiu seu sermão de Natal.

Jesus, o Emanuel, o Deus-conosco, nos ensina a obter a verdadeira liberdade e a viver a verdadeira vida, a fim de nos tornarmos o que Deus deseja. O termo "Deus conosco", diz São Gregório de Nissa, surpreendeu a todos, pois a divindade se aproximou da criatura, fez-se pequeno sem perder nada de sua essência. Deu à humanidade algo tão precioso que até mesmo as criaturas celestes se admiraram com tamanha doação.

Ao refletirmos sobre a genealogia, preparemo-nos para as festividades do Natal, adorando o Deus-Menino nascido na gruta, cercado pelos animais e humildes pastores. Na aparência, um menino indefeso e frágil; na verdade, o DEUS Todo-poderoso!



FONTES CONSULTADAS:
GOMES, C. Folch Antologia dos Santos Padres. São Paulo: Ed. Paulinas. 3ª Ed.
STORNIOLO, Ivo Como Ler o Evangelho de Lucas. São Paulo: Ed. Paulus. 4ª Ed.






Vida dos Santos




Nascimento, segundo a carne, de Nosso Senhor Jesus Cristo






Data de celebração: 25/12/2024

Tipo de festa: Fixa

Festa do dia: 
Nascimento, segundo a carne, de Nosso Senhor Jesus Cristo

Biografia:


Homilia de Natal de São João Crisóstomo

Surpreende-me um novo e maravilhoso mistério!
Meus ouvidos ressoam ante o hino dos pastores,
que não entoam uma melodia suave,
mas um hino celestial ensurdecedor.

Os anjos cantam!
Os Arcanjos unem suas vozes em harmonia!
Os Querubins entoam cheios de alegria os seus louvores!
Os Serafins exaltam a sua glória!
Todos se unem para louvar, nesta santa festividade,
surpreendendo-se ante o mesmo Deus aqui na terra,
e o homem no céu.
Aquele que está acima,
repousa aqui embaixo pela nossa salvação;
e nós, que estávamos abaixo,
somos exaltados pela divina misericórdia

Hoje Belém se torna semelhante aos céus
escutando, lá das estrelas,
os cânticos das vozes angelicais
e, no lugar do sol,
presencia o surgimento do Sol da Justiça.

Não perguntem como isto é possível,
pois quando Deus quer,
a ordem da natureza é alterada.
Porque Ele quis,
teve o poder para descer.
Ele salvou.
Tudo se moveu em obediência a Deus.

Hoje, Aquele que é, nasce.
E, Aquele que é,
converte-se no que não era.
Pois, quando era Deus,
se fez homem sem deixar de ser Deus…

E assim os reis chegaram,
vendo o Rei celestial que veio a terra,
sem trazer anjos nem arcanjos,
nem tronos nem dominações,
nem poderes nem principados,
mas iniciando um novo e solitário caminho,
a partir de um seio virginal.
E, não obstante,
não se esqueceu de seus anjos,
não os privou de seu cuidado,
porque, por sua encarnação,
não deixou de ser Deus.

E, vejam só:
os reis chegaram para servir o chefe dos exércitos celestiais;
as mulheres vieram para adorá-Lo,
pois Ele nasceu de uma mulher,
para que as dores do parto se tornassem alegria;
as virgens, ao filho da Virgem…

Os pequeninos vêm adorá-Lo,
pois se fez pequeno,
e da boca dos pequeninos
sai o perfeito louvor;
as crianças, à criança que levantou mártires
pela matança de Herodes;
os homens, Àquele que se faz homem
para curar as misérias de seus servos.

Os pastores, ao Bom Pastor que dá a vida por suas ovelhas;
os sacerdotes, Àquele que se faz Sumo Sacerdote
segundo a ordem de Melquisedec;
os servos, Àquele que tomou a forma de servo
para abençoar nosso trabalho com a recompensa da liberdade (Fil 2,7);
os pescadores, ao Pescador da humanidade;
os publicanos, Àquele que, estando entre eles,
os escolheu e nomeou evangelistas;
as mulheres pecadoras,
Àquele que entregou seu pesas lágrimas da mulher pecadora arrependida,
e para que eu também, assim, pudesse abraçá-los;
todos os pecadores vieram para ver o Cordeiro de Deus
que carrega sobre Si os pecados do mundo.
Por isso, todos se regozijam,
e eu também quero regozijar-me.

Desejo participar desta dança e deste coro para celebrar esta festa.
Tomo, porém, meu lugar,
não tocando uma harpa nem trazendo uma lâmpada,
mas abraçando o madeiro de Cristo.

Porque este é a minha esperança!
Este é minha vida!
Este é a minha salvação!
Este é meu canto, minha harpa!
E, trazendo-o em meus braços,
venho diante de vós,
tendo recebido o poder e o dom da palavra,
e com os anjos e os pastores, canto:

Glória a Deus nas alturas,
paz sobre a terra, benevolência entre os homens!

Tropário da festa da Natividade

Teu Nascimento, ó Cristo Deus,
fez brilhar no mundo a luz do conhecimento.
Nela os adoradores dos astros
aprenderam de um astro a adorar-te, Sol de Justiça,
e a reconhecer-te como o Oriente vindo do alto.
Senhor, glória a Ti!


Trad.: Pe. André

Extraído do site: ecclesia.com.br


Nascimento do Salvador Cristo

Não há nada, em tudo feito por Deus ao longo dos séculos, mais benéfico e mais divino que o nascimento de Cristo que celebramos hoje.
... como salienta San Gregorio Palamás. Com efeito, todos os santos nos dizem que o início e a raiz de todas as celebrações dominicais é o nascimento do Salvador Cristo. Se a criação do céu e da terra, a composição do mar e do ar, a geração dos elementos máximos, mostram a força da Palavra de Deus, muito mais, a condescendência que Deus teve para encarnar e tornar-se humana, revela isso atributo do Altíssimo. O nascimento de Cristo excede nosso raciocínio e provoca a admiração e a glorificação de todas as pessoas. Ninguém tinha a esperança de que Deus se tornasse humano e vivesse entre nós. É por isso que o anjo disse: "Eis que eu te dou o bom anúncio de grande alegria, que será para todo o povo" (Lc 2, 10). Vejamos as conseqüências do nascimento de nosso Senhor pelo ecumene. 

As consequências da encarnação do Senhor são muitas. Em primeiro lugar, devemos sentir que ele nos deu seu próprio ser. Isso não pode ser comparado a nenhum outro dom de Deus. Então a encarnação de Cristo influenciou toda a criação. Os anjos obtiveram a imutabilidade, os humanos conseguiram reparar, os demônios foram humilhados. O Senhor trouxe a paz. Uma paz "perfeita e imutável, que é oferecida a todos aqueles de boa vontade sem distinção", como escreve um santo da Igreja. Somente com o nascimento do Senhor foi revelada a boa vontade de Deus. Deus queria que suas criaturas atingissem a perfeição e a deificação. 

O nascimento de Cristo é um mistério de amor. Em uma das canções de natal é claramente dito: "Quando o Criador viu que o ser humano que Ele criou com Suas próprias mãos foi perdido, Ele curvou os céus e desceu".Sua humildade é infinita e, naturalmente, o máximo. A encarnação de Cristo provoca admiração e espanto pelo ser humano. Deus nos amou.Isso cria obrigações para nós amá-lo também. Nada no mundo é suficiente para cumprir nossas dívidas diante de Deus. O Senhor tornou-se humano, sem pedir nada de nós, porque nada aguarda em troca que não é para nosso benefício. Por outro lado, Deus não precisa de nada.Sua encarnação nos beneficiou, porque nos libertou do jugo do maligno para se tornar filhos de Deus. Irmãos de Cristo e filhos de Deus, agora podemos desfrutar da vida verdadeira que é nossa união com Deus.Cristo, com a Sua encarnação, tornou-se o fermento com o qual toda a humanidade foi amassada. Ele foi chamado de primogênito para se tornarem os primeiros frutos da adoção filial de todos os humanos da boa vontade, porque essa foi a sua vontade, para nos dar a força para se tornar filhos de Deus. 

Com tudo isso em mente, devemos fazer a paz com Deus, cumprindo tudo o que lhe agrada. Devemos aprender a orar, ser prudente, sempre dizer a verdade e agir com justiça. Devemos fazer a paz com nós mesmos, submeter a carne ao espírito, ter um comportamento consciente e serenidade em nossos pensamentos. Devemos estar em paz com os outros mostrando tolerância e longanimidade. Deste modo, nos afastaremos do pecado, teremos um comportamento celestial, viveremos com a esperança da redenção da corrupção e das tentações do cotidiano e nos livraremos do demonio maligno que nos levou longe de Deus e da vida verdadeira. Cristo nasceu para nos aproximar de Ele, para se tornarem seus irmãos, para nos dar o que Ele tem: bem-aventurança e amor. A boa vontade de Deus é que nos salvemos do peso do pecado e do domínio do maligno. 

Para terminar podemos comentar sobre tudo o que San Gregorio Palamás escreve, com os seguintes pensamentos. A encarnação de nosso Senhor, não foi consumada de modo que nós somos simplesmente melhores do que antes, mas renovamos a natureza ontologicamente humana e liberamos a criação em um sentido mais amplo, corrupção e morte. O Senhor assumiu a natureza humana e levou-a à deificação, que é o fim da criação do ser humano. Por este grande presente que ele nos deu, ele não atinge toda a nossa vida para louvá-lo e glorificá-lo. Estamos eternamente em dívida com Ele pelo Seu imenso amor por nós. Este mistério de devoção e amor, devemos experimentá-lo pessoalmente em nossa vida eclesiástica e principalmente na Eucaristia divina. Desta forma, nos tornaremos verdadeiros adoradores do nascimento de Cristo.Em nós, o grande evento será repetido de novo, experimentaremos pessoalmente a presença de Deus e poderemos dar testemunho autêntico de Sua pessoa. Não conheceremos simplesmente as coisas divinas, mas sofreremos as coisas divinas, que é o evento mais importante da nossa vida. 

O DIA DO NASCIMENTO DO CRISTO SAVÁRIO (POR SAN JUAN CRISÓSTOMO) 

Assim como Deus removeu a costela de Adão sem danificar a integridade de seu corpo, ele também fez do corpo da Virgem um templo vivo, sem danificar sua pureza virginal. Adam estava completo após a remoção de sua costela, a Virgem também se tornou incorruptível após o nascimento do Menino. É por isso que ele não usou outra maneira de construir Seu próprio templo, nem Ele criou outro corpo para revelar-se na Terra, de modo que Ele não parece desprezar o assunto do qual Adão foi criado.Porque o ser humano foi enganado e transformado em um instrumento do diabo, o Senhor reconstruiu este templo vivo que havia sido destruído para manter o ser humano longe de suas relações com o diabo, unindo-o ao seu Criador. No entanto, mesmo quando ele se tornou humano, ele não nasceu como um ser humano, mas como Deus. Porque se eu nascesse de um casamento comum, como eu, muitos considerariam o nascimento de Deus falso. É por isso que agora é nascido de uma Virgem e, enquanto nasce, mantém a matriz materna intacta e a virgindade intacta, de modo que a estranha forma de gravidez é a causa de uma grande fé em mim. É por isso que eu sou um idólatra que me pede, seja judeu, se Cristo fosse o Deus verdadeiro e se tornasse humano, apesar das leis da natureza, eu responderei sim e chamarei como testemunho das minhas palavras o selo de virgindade não ligado. Porque Deus assim supera a ordem natural, assim recria o útero


Extraído do site: ortodoxia.org



Hino do dia




Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. O nascimento da carne do Senhor Jesus Cristo

2. Adoração dos Magos

3. Memória dos pastores que viram o Senhor Jesus Cristo

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)





Leituras do dia




Matinas - Mateus 1, 18-25

Epístola - Gálatas 4, 4-7

Evangelho - Mateus 2, 1-12

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)




Jejum


Livre

Permitido todos os alimentos

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)


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