Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024

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Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

N O V E M B R O

Domingo, 1 de maio de 2016


HOMILIA CATEQUEÉ TICA PARA A PAÁSCOA DE 2016 
DE S. S. BARTOLOMEU I, 
ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA-NOVA ROMA 
E PATRIARCA ECUMÊNICO 



PROTOCOLO Nº 450 


BARTOLOMEU 
PELA MISERICÓRDIA DE DEUS 
ARCEBISPO DE CONSTANTINOPLA-NOVA ROMA 
E PATRIARCA ECUMÊNICO 

A TODA A PLENITUDE DA IGREJA 
A GRAÇA, A PAZ E A MISERICÓRDIA DE CRISTO 
GLORIOSAMENTE RESSUSCITADO. 


Queridos Irmãos e Filhos amados no Senhor, 


De todo o coração, desta sede do Patriarcado Ecumênico, a alegre saudação: «Cristo ressuscitou!» A ressurreição de Cristo é o centro da nossa fé ortodoxa. Sem a ressurreição nossa fé é «vazia» (1 Cor 15,14). O Verbo de Deus com a Sua ressurreição divinizou o homem criado à imagem de Deus e manchado pelo pecado, devolvendo-lhe a possibilidade de tornar à semelhança que havia sido perdida pela desobediência.  
Qual é, pois, o significado da festa da Páscoa, da vitória da Vida sobre a morte, em meio a um mundo de violência e guerras, por certo, em nome da religião e Deus?
Muitos estudiosos têm tentado encontrar a solução para o problema da morte e do que possa haver para além da vida através de diversas e diferentes teorias. Nós, cristãos ortodoxos, que celebramos a ressurreição de Cristo dentre os mortos, corajosamente proclamamos a abolição da morte. Sabemos que o Doador da vida é o Verbo de Deus, em quem «há vida» (Jo 1, 4).
Temos o feliz conhecimento da Igreja de que a morte foi vencida pela Ressurreição de Cristo. «Tudo se enche de alegria ao receber a prova da Ressurreição». Esta fé ilumina todas as facetas da vida da igreja, centrada na Eucaristia. O fato de que no mundo cristão, especialmente na Igreja Ortodoxa, a Divina Eucaristia é preservada como o centro da sua vida e da sua espiritualidade, unida inseparavelmente à ressurreição que é o núcleo da fé, do culto e da moral da Igreja. Por esta razão, a função eucarística é sempre festiva e alegre e relacionada principalmente com o domingo, o dia da Ressurreição do Senhor.
A expressão mais dramática e interpretação da ressurreição e de sua força renovadora é o ícone da descida do Senhor Jesus Cristo ao Hades como o que contemplamos aqui no monastério de Cora. O Senhor da glória, descendo até as profundezas do inferno e derrubando suas portas, sai vitorioso levantando consigo Adão e Eva, isto é, toda a raça humana desde o princípio até o fim. «Agora tudo está repleto de luz, o céu, e terra e o inferno». A criação passa do reino sombrio da morte para a luz sem ocaso do Reino de Deus. O participante fiel é chamado a anunciar o Evangelho da liberdade em Cristo «até os confins da terra» (At 1,8).
A Mãe Igreja, vivendo ao mesmo tempo o mistério da cruz e da Ressurreição, nos convida hoje a nos aproximar «portando velas e celebrar juntos a Páscoa salvífica de Deus».
Pois que, pela ressurreição de Cristo, a humanidade se converteu em um povo, unamo-nos em um só corpo. Com a sua cruz e a sua ressurreição, 3 Cristo destruiu definitivamente o inimigo existente. Portanto, a nossa Igreja Ortodoxa, Una, Santa, Católica e Apostólica, é a Igreja da reconciliação de todas as coisas, a Igreja de amor a todos os seres humanos, amigos e inimigos. Todos reconciliados, cheios de vida nova, a vida verdadeira, feitos concidadãos dos santos e familiares de Deus (Ef 2, 15- 20).
Desgraçadamente, em nosso tempo, o terrorismo, as guerras e, em geral, o extermínio da vida humana prosseguem. A dor e o sofrimento das vítimas, difundidos rapidamente através dos meios da tecnologia moderna, atravessam a atmosfera e rasgam nossos corações. De modo que, os líderes da humanidade, políticos, espirituais e eclesiásticos, temos o dever e a obrigação, por amor, de agir no que seja apropriado a fim de evitar tais situações insólitas.
Em face a este atual mundo «absurdo», nós, os cristãos ortodoxos, somos chamados a dar o bom testemunho de amor e de oferecer aos nossos concidadãos apenas o amor.
A Páscoa não é, para os fiéis ortodoxos, uma fuga momentânea da obscura realidade do mal no mundo, mas é a certeza inquebrantável de que Cristo, que pisoteou a morte pela morte e ressuscitou de entre os mortos, está conosco «todos os dias até o fim do mundo» (Mt 28, 20).
Esta, filhos e irmãos, é a Mensagem de Páscoa deste ano do Santo, Apostólico e Patriarcal Trono Ecumênico, Centro da Ortodoxia, a todos os nossos concidadãos: que Cristo que foi ressuscitado e aniquilou o estado do poder da morte, o estado de poder do forte sobre o fraco e que apenas trata a vida com amor e carinho e de misericórdia e graça inesgotáveis de Cristo Ressuscitado, que cobre todo o universo de extremo a extremo.
É suficiente que entendamos que Jesus Cristo é a luz verdadeira e que nele há vida, e esta vida é a luz dos homens (Jo 1,3-4). Esta é a nossa mensagem a todos os líderes políticos e espirituais deste mundo.
Vinde, então, e recebei a luz da Luz sem ocaso do Fanar que, como a luz de Cristo, luz do amor, ilumina a todos; e n’Ele «não há trevas» (1Jo 1,5). Escutemos irmãos e filhos este Evangelho de alegria, e como ortodoxos, aplaquemos a dor da humanidade moderna com nosso próprio amor e sacrifício.
Glória ao Doador da vida, ao que mostra a luz, o amor e paz ao mundo e a cada um de nós pessoalmente. Glória ao Rei da Glória, Jesus Cristo, Vencedor da morte e Guia da vida. 

Fanar, Santa Páscoa 2016 
Bartolomeu de Constantinopla 
Fervoroso suplicante de todos vós 
diante de Cristo ressuscitado.


Tradução: Pe. André Sperandio 
São José – SC (Brasil)


Extraído do site ecclesia.com.br

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