Sinaxe de João Batista, o Santo Glorioso Profeta e Precursor.
A Festa da Sinaxe de São João Batista, Profeta e Precursor, é celebrada
no calendário ortodoxo, no dia posterior a grande Festa da Epifania do Senhor.
Comemora-se neste dia a trasladação da santa relíquia da mão do Precursor à
Constantinopla, mão que batizou o próprio Senhor. Por esta razão, esta festa é
contada entre as grandes festas do Precursor, de modo que não devemos silenciar
sobre os efeitos milagrosos e sobrenaturais que dela sobrevém.
A chegada da santa relíquia (mão direita) de São João Batista à
Constantinopla ocorreu na tarde da Festa da Epifania, já celebrada pela igreja
primitiva no dia 6 de janeiro, como conta a tradição: São Lucas, o Evangelista,
foi à cidade de Sebaste onde foi sepultado o corpo do Precursor. Encontrou-o
intacto, mas não conseguiu retirá-lo porque foi impedido pelos cristãos locais
que o veneravam. Foi-lhe concedido retirar apenas a mão direita do corpo do
Precursor que São Lucas trouxe para Antioquia, sua cidade natal, onde
registrou-se muitos e grandes milagres após sua chegada.
«São João Batista»
Comemoração: 7 de julho, 20 de janeiro, 9 de março, 7 de junho, 11 de
setembro.
O profeta São João Batista é o mais venerado santo após a Virgem Maria.
Ele é lembrado e festejado nas seguintes datas: 6 de outubro — concepção; 7 de
julho — nascimento; 11 de setembro — decapitação; 20 de janeiro — Sinaxe do são
João Batista, ligado à Festa de Teofania; 9 de março — 1a e 2a Revelações da
sua cabeça; 7 de junho — a 3a Revelação; 25 de outubro — a trasladação da sua
mão direita da ilha de Malta para a Gatchina (perto de São Petersburgo).
O profeta João Batista era filho do sacerdote Zacarias (da geração de
Aarão) e da justa Isabel (da geração de Davi). Eles moravam perto de Hebron,
nas montanhas, ao sul de Jerusalém. Ele era parente do Nosso Senhor Jesus
Cristo por parte de sua mãe e nasceu 6 meses antes Dele. Conforme nos relata o
Evangelho, o arcanjo Gabriel apareceu ao seu pai no templo, anunciando o
nascimento do seu filho. E eis, na justa família de pais idosos, que não
tiveram filhos, enfim nasce um filho que eles sempre pediram a Deus.
Pela graça de Deus ele não foi morto no meio de milhares crianças
massacradas em Belém e seus arredores. São João cresceu num deserto inóspito,
preparando-se através de uma vida austera para a grande missão — jejuando,
rezando e meditando sobre as coisas Divinas. Ele vestia uma veste rústica, de
pêlos de camelo e um cinturão de couro, e comeu mel silvestre e gafanhotos. Ele
permaneceu lá no deserto até, aos trinta anos, ser chamado pelo Senhor para a
pregação ao povo judeu.
Obedecendo à esta chamada, o profeta João foi até o rio Jordão, para
preparar o povo para a recepção do esperado Messias (Cristo). Preparando-se
para a festa de purificação, o povo costumava vir até o rio para as abluções
rituais. E foi aqui que João começou pregar a eles a penitencia e o batismo
para a remissão dos pecados. A essência de sua pregação visava a mostrar ao
povo que antes de lavar o corpo, é necessário purificar-se espiritualmente, e
desta maneira preparar-se para a aceitação do Evangelho. Naturalmente, o
batismo de João ainda não era o batismo cristão, efetuado pela obra Divina. O
sentido deste batismo era preparar o povo para o batismo futuro pela água e
pelo Espirito Santo.
Numa das orações o profeta João é comparado à uma estrela da manhã, que
com o seu brilho excedia o brilho de todas as outras estrelas e anunciava a
manhã do dia abençoado, iluminado pelo Sol espiritual de Cristo (Mal. 4:2).
Quando a espera de Messias chegou ao seu ponto culminante, o Próprio Salvador
do mundo, Senhor Jesus Cristo veio até João no rio Jordão para ser batizado. O
batismo de Cristo foi acompanhado por fenômenos milagrosos — a descida do
Espirito Santo na forma de um pombo e a voz de Deus Pai do céu: «Este é o Meu
Filho dileto …»
Tendo recebido a revelação a respeito de Jesus Cristo, o profeta João
dizia ao povo: «Este é o Cordeiro de Deus, que toma sobre Si os pecados do
mundo». Quando dois dos discípulos de João ouviram isto, eles logo seguiam
Jesus Cristo. Estes dois discípulos eram João o Teólogo e André, o Primeiro
Chamado, irmão do Simão Pedro.
Com o ato de batismo, o profeta João como que terminasse a sua missão
profética. Ele não tinha medo de mostrar todos os vícios e pecados tanto dos
homens simples, como dos poderosos. Por tudo isto ele logo sofreu.
O rei Herodes Antipas (filho do Herodes Grande) mandou prender o profeta
João e mete-lo na prisão porque o profeta o acusava de ter abandonado a sua
legitima esposa (filha do rei da Arábia, Arefa) e convivendo em concubinato com
a Herodíades. Herodíades era esposa do irmão de Herodes, Felipe.
Herodes promoveu um banquete no dia do seu aniversário, do qual
participaram muitos convidados. Salomé, filha da ímpia Herodíades, dançava uma
dança sensual e Herodes, junto com os outros convidados, ficou tão fascinado,
que jurou à Salomé cumprir qualquer desejo dela, até presenteá-la com a metade
do seu reino. A bailarina, ensinada pela sua mãe, pediu lhe dar num prato a
cabeça de João Batista. Herodes respeitava João como profeta e portanto
entristeceu-se com este pedido. Porém, ele teve vergonha de quebrar o juramento
e assim mandou o guarda para a prisão para decapitar o profeta. A cabeça do
João foi entregue à moça, a qual levou-a até a sua mãe. Herodíades, após ter
profanado a cabeça do santo, a jogou num lugar imundo. Os discípulos do João
Batista sepultaram o corpo dele na cidade de Sebaste, na Samaria.
No ano 38 d.C. Herodes foi castigado pelo seu crime: o seu exército foi
derrotado por Arefa, que empreendeu a campanha militar contra ele para vingar a
desonra de sua filha, abandonada por Herodes por causa da Herodíades, e no ano
seguinte, o imperador de Roma, Calígula, condenou Herodes e o deportou para uma
prisão.
Conforme a tradição, o Evangelista Lucas, que visitava várias cidades,
pregando o Evangelho, levou consigo da Sebaste uma parte da relíquia do grande
profeta — a sua mão direita. No ano 959, quando os maometanos conquistaram a
Antioquia, (durante o reinado do imperador Constantino Porfirogênito), o
diácono Jó trasladou a mão do Precursor da Antioquia para a Calcedônia, de onde
ela foi levada para a Constantinopla e onde ela foi guardada até a tomada da
cidade pelos turcos. Depois, a mão direita do são João Batista foi guardada em
São Petersburgo, na igreja de Nosso Senhor Aquiropita, no Palácio de Inverno.
A santa cabeça do são João Batista foi encontrada por uma mulher
piedosa, Joana, e sepultada numa urna no monte das Oliveiras. Mais tarde, um
asceta que estava cavando o solo, preparando o lugar para alicerces de uma nova
igreja, achou a relíquia e a guardou consigo. Antes da sua morte, temendo a
profanação por parte dos ímpios, ocultou-a na terra no mesmo lugar onde ela foi
achada. Durante o reinado do imperador Constantino Grande, dois monges vieram
para Jerusalém, para orar no Santo Sepulcro. São João Batista apareceu a um
deles em sonho indicando, onde estava enterrada a sua cabeça. A partir desta
data, os cristãos começaram a festejar o Primeiro Achado da cabeça do São João
Batista.
Foi sobre o
João Batista que Jesus disse: «Entre os nascidos de mulher não existe profeta
nenhum maior do que João Batista». João Batista é glorificado pela Igreja como
«um anjo, apóstolo, mártir, profeta, círio e amigo de Cristo, o selo dos
profetas e intercessor da velha e nova graça, e entre os nascidos, a mais
venerável e luminosa voz do Verbo».
FONTE:
Site de Bispo Alexander
Mileant
Extraído do site: ecclesia.com.br
Vida dos Santos
Tipo de festa: Fixa
Santo (a) do dia: Sinaxe de João Batista, o Santo Glorioso Profeta e Precursor.
Biografia:
Hino do dia
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Celebrações do dia
1. Encontro de São João Batista e Batista
2. Agios Athanasios de Antalya
3. Memória do evento milagroso em Chios contra os Agarines sob o honesto Precursor
4. São Cedd Bispo da Escócia
5. São Juliano o Diácono, de Aegina
6. São Teodoro o Príncipe
Leituras do dia
Evangelho - João 1, 29-34
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
Jejum
LivrePermitido todos os alimentos
Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)
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