Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024

Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024
Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

O U T U B R O

Sábado, 6 de janeiro de 2024.

 



 



Teofania de Nosso Senhor
e Salvador Jesus Cristo.






Festa do dia




Teofania do Senhor






Data de celebração: 06/01/2024

Tipo de festa: Fixa

Festa do dia: 
Epifania do Senhor

Biografia:

Tanto os fiéis de tradição constantinopolitana como os de tradição romana conservaram, para o dia 6 de janeiro, uma festa cristológica muito antiga, a primeira em que se sintetizavam todos os mistérios do Senhor ao manifestar-se ao mundo. Mas quando no século IV, a data do nascimento do Senhor foi colocada no dia 25 de dezembro, por iniciativa romana, e logo em seguida aceita também pelos orientais, o conteúdo da festa do 6 de janeiro se diversificou. Para os católicos latinos o dia 6 de janeiro é o dia da Epifania, a manifestação de Cristo «luz das nações» considerada a partir da vinda dos Reis Magos em Belém. Esse evento, para os cristãos bizantinos, está incluído na comemoração global do dia 25 de dezembro. Ao passo que no dia 6 de janeiro eles celebram a “Santa Teofania” do Deus que se encarnou. É a segunda manifestação do Salvador, no início de sua vida pública, por ocasião do seu batismo no rio Jordão, que se deu num contexto trinitário, em que Deus Pai fez ouvir sua voz e o Espírito Santo apareceu em forma de pomba.

Era um dia em que os catecúmenos recebiam solenemente o batismo, como na Páscoa. Os textos litúrgicos da festa da Teofania resumem bem os mistérios fundamentais da fé cristã: encarnação do Verbo, com muitas alusões ao nascimento, e a unidade de Deus na Trindade.

Em teu batismo no Jordão, Senhor,
foi manifestada a adoração da Trindade;
pois a voz do Pai te testemunhou
ao chamar-te Filho bem-amado;
e o Espírito, em forma de pomba,
confirmou a verdade dessa palavra.
ó tu, que manifestaste e iluminaste o mundo,
Cristo Deus, glória a ti!

O Kondakion da festa, também ele muito repetido, é de Romanós, o Melode.

Hoje, Senhor, te manifestaste ao universo,
e tua luz brilhou sobre nós;
reconhecendo-te, a ti cantamos:
vieste, apareceste, o luz inacessível!

A manifestação, a «teofania», ocorreu nas águas do Jordão na hora em que Cristo foi batizado; é o que confirma também o ícone da festa, no qual vemos Cristo Jesus, despido das vestes habituais, imerso na água. À sua direita vemos João Batista, humildemente curvado, que por obediência lhe dá o batismo. A cena de fundo mostra um deserto estilizado com uma amostra de vegetação.


Do lado oposto estão uns anjos, atônitos, considerando o admirável evento. Suas mãos estão encobertas pelas extremidades dos mantos, sinal de respeito habitual, nesse caso também sinal de disponibilidade em servi-lo quando sair das águas. No alto do ícone, além do nome «Teofania do nosso Salvador Jesus Cristo», escrito em caracteres abreviados, notamos um semicírculo que indica os céus abertos e do qual desce um raio que, após a figura da pomba, torna-se tríplice, clara alusão à Trindade. No nimbo cruciforme do Cristo notam-se as três letras gregas significando «Aquele que é».

Voltemos aos textos litúrgicos nos quais encontramos a explicação da festa. Num dos textos das Vésperas, São João Damasceno (†749) afirma:

Querendo salvar o homem perdido, Senhor Deus,
não desdenhaste assumir a forma de um escravo,
pois a ti convinha assumir a nossa natureza em nosso favor.
De fato, enquanto eras batizado na carne, ó Libertador,
nos tornavas dignos do perdão.
A ti clamamos, pois:
Benfeitor, Cristo nosso Deus! Glória a ti!

São Cosme de Maiúma (†760), no Cânon Matutino explica:

«O Senhor que tira a impureza dos homens, purificando-se por eles no Jordão, fez-se voluntariamente semelhante a eles, permanecendo contudo o que era; e ilumina os que estão nas trevas, porque recobriu-se de glória.»

E evoca o ensinamento profético:

«Isaías proclama: Lavai-vos, purificai-vos, despojai-vos da vossa malícia perante o Senhor; vós que tendes sede aproximai-vos da água viva. Cristo de fato vos asperge com a água renovando os que se aproximam com fé, e batiza no Espírito para a vida eterna.»

Por fim, nas Laudes, assim se expressa o Patriarca Germano (†733):

Luz da luz, Cristo nosso Deus,
resplandece ao mundo;
Deus se manifesta, povos, adoremo-lo.

Ao ser batizado no Jordão, Salvador nosso,
santificaste as águas,
aceitando a imposição das mãos de um servo,
e sanaste as paixões do mundo.
Grande é o mistério da tua economia!
Senhor, amigo dos homens, glória a ti

A verdadeira luz apareceu e a todos ilumina.
Cristo, superior a toda pureza, é batizado conosco;
infunde a santidade
na água que se torna purificação para as nossas almas.
Tudo o que vemos é terrestre,
tudo o que contemplamos é mais sublime que os céus.
Mediante a ablução vem a salvação,
mediante a água vem o Espírito,
mediante a descida na água vem a nossa subida a Deus.
Admiráveis são tuas obras, Senhor! Glória a ti!

Uma cerimônia muito antiga, a bênção da água, caracteriza a festa do dia 6 de janeiro. Após o ofício das Vésperas, ou depois da Liturgia eucarística, celebrantes e fiéis dirigem-se a um curso de água, uma fonte, ou então a uma bacia de água colocada no meio da igreja, enquanto o coro canta:

A voz do Senhor ecoa sobre as águas dizendo:
Vinde, recebei todos do Cristo que se manifestou:
o Espírito de sabedoria, o Espírito de inteligência,
o Espírito do temor de Deus.

E acrescenta o tropário da festa (já apresentado na p. 49). Seguem as leituras bíblicas, entre as quais Mc. 1:9-11, uma longa prece litânica, na qual se pede também para que a água sirva para a «cura da alma e do corpo».

O sacerdote acrescenta uma antiga e longa oração e mergulha por três vezes a cruz na água dizendo:

Tu mesmo, Senhor,
santifica agora esta água com o teu Santo Espírito.
Concede a todos aqueles que a usam
a santificação, a bênção, a purificação e a salvação.

A água é bebida em parte pelo povo e, com ela, o sacerdote asperge os fiéis e suas casas. Aqui não se trata da bênção da água para o batismo, embora se encontrem referências bíblicas comuns.

O tema do Cristo, luz do mundo, que insistentemente aparece nos textos litúrgicos da festa, explica o porquê da denominação «Festa das luzes» dado às vezes a essa solenidade. Nela vibra também um sentido cósmico: «Hoje resplandece toda a criação... as criaturas celestes fazem festa unidas às terrestres...» e o convite se estende até nós, para que possamos «tomar parte na alegria do mundo» redimido e iluminado pelo nosso Senhor Jesus Cristo.



FONTE: 

O ANO LITÚRGICO BIZANTINO 

Madre Maria Donadeo 




«Ele batizar-vos-á no Espírito Santo» 


Hoje, o Senhor Jesus veio receber o batismo. Ele quis lavar o seu corpo na água do Jordão. Poder-se-á dizer: «Porque é que ele, que era o Santo, quis ser batizado?» Então ouçam. O Cristo é batizado não para ser santificado pelas águas, mas para santificar ele próprio a águas e purificar pelo seu ato pessoal as ondas que ele toca. Trata-se, pois, muito mais da consagração das águas, do que da de Cristo. Porque, desde que o Salvador é lavado, todas as águas se tornam puras em vista ao nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça seja proporcionada aos povos que virão no futuro. O Cristo avança pois como o primeiro no batismo para que os povos cristãos o sigam sem hesitar. 

E aqui eu entrevejo um mistério. Não tomou assim a dianteira a coluna de fogo através do Mar Vermelho para encorajar os filhos de Israel a continuar a caminhar? Ela atravessou as águas em primeiro lugar para abrir caminho aos que se seguiam. Este acontecimento foi, no testemunho do apóstolo Paulo, um símbolo do batismo (1Co 10,1s). Era sem dúvida uma espécie de batismo onde os homens estavam cobertos pela nuvem e conduzidos pelas águas. E tudo isto foi concluído pelo mesmo Cristo nosso Senhor que agora precede no batismo todos os povos cristãos na coluna do seu corpo, como precedeu através do mar os filhos de Israel na coluna de fogo. A mesma coluna que, outrora, iluminou os olhos dos caminhantes, dá agora a luz ao coração dos crentes. Então ela traçou nas ondas uma estrada sólida, agora ela fortalece neste banho os passos da fé. 

S. Máximo de Turim (? - cerca 420), bispo
«Sermão para a festa da Epifania» 

«Eis que o Senhor vem ao Batismo» 

Eis que o Senhor vem receber o batismo; e chega miserável, nu, sem companhia, revestido da nossa humanidade, ocultando a sua grandeza divina para frustrar a astúcia da serpente. Dizer que Ele vem ao encontro de João qual Senhor que dispensou a sua guarda pessoal é dizer pouco; na verdade, Jesus aborda-o como um simples homem, submetido ao pecado, inclinando a fronte para ser batizado pela mão de João. Impressionado com esta humildade, este tenta recusar dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti. E Tu vens a mim?» (Mt 3,14). […] 

Vede, bem–amados meus, quão numerosos e importantes bens teríamos perdido se o Senhor tivesse cedido ao convite de João e não tivesse recebido o baptismo. Anteriormente, os céus estavam fechados e a nossa pátria do alto era inacessível; depois de termos descido até ao fundo, já não podíamos voltar às alturas. Mas o Senhor não Se limitou a receber o baptismo: renovou o homem velho (cf Rm 6,6) e confiou-lhe de novo o ceptro da adopção divina; pois de imediato «os céus abriram-se», as realidades visíveis reconciliaram-se com as invisíveis, as hierarquias celestes encheram-se de alegria, os doentes da Terra ficaram curados, e o que estava oculto revelou-se. […] Era preciso abrir a Cristo, o Esposo, as portas da câmara nupcial. Enquanto o Espírito descia sob a forma de uma pomba e a voz do Pai ressoava em toda a parte, era necessário que «se levantassem as portas do céu» (cf Sl 23,7). […] 

Peço-vos que me escuteis atentamente […]: vinde, todas as tribos das nações, ao banho da imortalidade! Através desta mensagem de alegria, anuncio-vos a vida, a vós que permaneceis ainda na noite da ignorância. Vinde da servidão para a liberdade, da tirania para a realeza, do que é perecível para o que é imperecível. Quereis saber como chegar? Pela água e pelo Espírito Santo (Jo 3,5). Esta água, que participa no Espírito, rega o paraíso, deleita a terra, fecunda o mundo […], engendra o homem para a vida, fazendo-o renascer; foi nesta água que Cristo foi batizado e foi sobre ela que desceu o Espírito. 

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), 
Homilia do século IV para a Epifania, a Santa Teofania; PG 10, 852 
Fonte: Evangelho Cotidiano



Em teu batismo no Jordão, Senhor,
foi manifestada a adoração da Trindade;
pois a voz do Pai te testemunhou
ao chamar-te Filho bem-amado;
e o Espírito, em forma de pomba,
confirmou a verdade dessa palavra.
ó tu, que manifestaste e iluminaste o mundo,
Cristo Deus, glória a ti! 

O Kondakion da festa, também ele muito repetido, é de Romanós, o Melode. 

Hoje, Senhor, te manifestaste ao universo,
e tua luz brilhou sobre nós;
reconhecendo-te, a ti cantamos:
vieste, apareceste, o luz inacessível! 

A manifestação, a «teofania», ocorreu nas águas do Jordão na hora em que Cristo foi batizado; é o que confirma também o ícone da festa, no qual vemos Cristo Jesus, despido das vestes habituais, imerso na água. À sua direita vemos João Batista, humildemente curvado, que por obediência lhe dá o batismo. A cena de fundo mostra um deserto estilizado com uma amostra de vegetação. 

Do lado oposto estão uns anjos, atônitos, considerando o admirável evento. Suas mãos estão encobertas pelas extremidades dos mantos, sinal de respeito habitual, nesse caso também sinal de disponibilidade em servi-lo quando sair das águas. No alto do ícone, além do nome «Teofania do nosso Salvador Jesus Cristo», escrito em caracteres abreviados, notamos um semicírculo que indica os céus abertos e do qual desce um raio que, após a figura da pomba, torna-se tríplice, clara alusão à Trindade. No nimbo cruciforme do Cristo notam-se as três letras gregas significando «Aquele que é». 

Voltemos aos textos litúrgicos nos quais encontramos a explicação da festa. Num dos textos das Vésperas, São João Damasceno (†749) afirma: 

Querendo salvar o homem perdido, Senhor Deus,
não desdenhaste assumir a forma de um escravo,
pois a ti convinha assumir a nossa natureza em nosso favor.
De fato, enquanto eras batizado na carne, ó Libertador,
nos tornavas dignos do perdão.
A ti clamamos, pois:
Benfeitor, Cristo nosso Deus! Glória a ti! 

São Cosme de Maiúma (†760), no Cânon Matutino explica: 

«O Senhor que tira a impureza dos homens, purificando-se por eles no Jordão, fez-se voluntariamente semelhante a eles, permanecendo contudo o que era; e ilumina os que estão nas trevas, porque recobriu-se de glória.» 

E evoca o ensinamento profético: 

«Isaías proclama: Lavai-vos, purificai-vos, despojai-vos da vossa malícia perante o Senhor; vós que tendes sede aproximai-vos da água viva. Cristo de fato vos asperge com a água renovando os que se aproximam com fé, e batiza no Espírito para a vida eterna.» 

Por fim, nas Laudes, assim se expressa o Patriarca Germano (†733): 

Luz da luz, Cristo nosso Deus, 
resplandece ao mundo;
Deus se manifesta, povos, adoremo-lo. 

Ao ser batizado no Jordão, Salvador nosso,
santificaste as águas,
aceitando a imposição das mãos de um servo,
e sanaste as paixões do mundo.
Grande é o mistério da tua economia!
Senhor, amigo dos homens, glória a ti 

A verdadeira luz apareceu e a todos ilumina.
Cristo, superior a toda pureza, é batizado conosco;
infunde a santidade
na água que se torna purificação para as nossas almas.
Tudo o que vemos é terrestre,
tudo o que contemplamos é mais sublime que os céus.
Mediante a ablução vem a salvação,
mediante a água vem o Espírito,
mediante a descida na água vem a nossa subida a Deus. 
Admiráveis são tuas obras, Senhor! Glória a ti! 

Uma cerimônia muito antiga, a bênção da água, caracteriza a festa do dia 6 de janeiro. Após o ofício das Vésperas, ou depois da Liturgia eucarística, celebrantes e fiéis dirigem-se a um curso de água, uma fonte, ou então a uma bacia de água colocada no meio da igreja, enquanto o coro canta: 

A voz do Senhor ecoa sobre as águas dizendo:
Vinde, recebei todos do Cristo que se manifestou:
o Espírito de sabedoria, o Espírito de inteligência,
o Espírito do temor de Deus. 

E acrescenta o tropário da festa (já apresentado na p. 49). Seguem as leituras bíblicas, entre as quais Mc. 1:9-11, uma longa prece litânica, na qual se pede também para que a água sirva para a «cura da alma e do corpo». 

O sacerdote acrescenta uma antiga e longa oração e mergulha por três vezes a cruz na água dizendo: 

Tu mesmo, Senhor,
santifica agora esta água com o teu Santo Espírito.
Concede a todos aqueles que a usam
a santificação, a bênção, a purificação e a salvação. 

A água é bebida em parte pelo povo e, com ela, o sacerdote asperge os fiéis e suas casas. Aqui não se trata da bênção da água para o batismo, embora se encontrem referências bíblicas comuns. 

O tema do Cristo, luz do mundo, que insistentemente aparece nos textos litúrgicos da festa, explica o porquê da denominação «Festa das luzes» dado às vezes a essa solenidade. Nela vibra também um sentido cósmico: «Hoje resplandece toda a criação... as criaturas celestes fazem festa unidas às terrestres...» e o convite se estende até nós, para que possamos «tomar parte na alegria do mundo» redimido e iluminado pelo nosso Senhor Jesus Cristo. 


FONTE: 
O ANO LITÚRGICO BIZANTINO 
Madre Maria Donadeo





«Ele batizar-vos-á no Espírito Santo» 




Hoje, o Senhor Jesus veio receber o batismo. Ele quis lavar o seu corpo na água do Jordão. Poder-se-á dizer: «Porque é que ele, que era o Santo, quis ser batizado?» Então ouçam. O Cristo é batizado não para ser santificado pelas águas, mas para santificar ele próprio as águas e purificar pelo seu ato pessoal as ondas que ele toca. Trata-se, pois, muito mais da consagração das águas, do que da de Cristo. Porque, desde que o Salvador é lavado, todas as águas se tornam puras em vista ao nosso batismo; a fonte é purificada para que a graça seja proporcionada aos povos que virão no futuro. O Cristo avança pois como o primeiro no batismo para que os povos cristãos o sigam sem hesitar. 

E aqui eu entrevejo um mistério. Não tomou assim a dianteira a coluna de fogo através do Mar Vermelho para encorajar os filhos de Israel a continuar a caminhar? Ela atravessou as águas em primeiro lugar para abrir caminho aos que se seguiam. Este acontecimento foi, no testemunho do apóstolo Paulo, um símbolo do batismo (1Co 10,1s). Era sem dúvida uma espécie de batismo onde os homens estavam cobertos pela nuvem e conduzidos pelas águas. E tudo isto foi concluído pelo mesmo Cristo nosso Senhor que agora precede no batismo todos os povos cristãos na coluna do seu corpo, como precedeu através do mar os filhos de Israel na coluna de fogo. A mesma coluna que, outrora, iluminou os olhos dos caminhantes, dá agora a luz ao coração dos crentes. Então ela traçou nas ondas uma estrada sólida, agora ela fortalece neste banho os passos da fé. 

S. Máximo de Turim (? - cerca 420), bispo
«Sermão para a festa da Epifania» 



«Eis que o Senhor vem ao Batismo» 


Eis que o Senhor vem receber o batismo; e chega miserável, nu, sem companhia, revestido da nossa humanidade, ocultando a sua grandeza divina para frustrar a astúcia da serpente. Dizer que Ele vem ao encontro de João qual Senhor que dispensou a sua guarda pessoal é dizer pouco; na verdade, Jesus aborda-o como um simples homem, submetido ao pecado, inclinando a fronte para ser batizado pela mão de João. Impressionado com esta humildade, este tenta recusar dizendo: «Eu é que tenho necessidade de ser batizado por Ti. E Tu vens a mim?» (Mt 3,14). […] 

Vede, bem–amados meus, quão numerosos e importantes bens teríamos perdido se o Senhor tivesse cedido ao convite de João e não tivesse recebido o baptismo. Anteriormente, os céus estavam fechados e a nossa pátria do alto era inacessível; depois de termos descido até ao fundo, já não podíamos voltar às alturas. Mas o Senhor não Se limitou a receber o baptismo: renovou o homem velho (cf Rm 6,6) e confiou-lhe de novo o ceptro da adopção divina; pois de imediato «os céus abriram-se», as realidades visíveis reconciliaram-se com as invisíveis, as hierarquias celestes encheram-se de alegria, os doentes da Terra ficaram curados, e o que estava oculto revelou-se. […] Era preciso abrir a Cristo, o Esposo, as portas da câmara nupcial. Enquanto o Espírito descia sob a forma de uma pomba e a voz do Pai ressoava em toda a parte, era necessário que «se levantassem as portas do céu» (cf Sl 23,7). […] 

Peço-vos que me escuteis atentamente […]: vinde, todas as tribos das nações, ao banho da imortalidade! Através desta mensagem de alegria, anuncio-vos a vida, a vós que permaneceis ainda na noite da ignorância. Vinde da servidão para a liberdade, da tirania para a realeza, do que é perecível para o que é imperecível. Quereis saber como chegar? Pela água e pelo Espírito Santo (Jo 3,5). Esta água, que participa no Espírito, rega o paraíso, deleita a terra, fecunda o mundo […], engendra o homem para a vida, fazendo-o renascer; foi nesta água que Cristo foi batizado e foi sobre ela que desceu o Espírito. 

Homilia atribuída a Santo Hipólito de Roma (?-c. 235), 
Homilia do século IV para a Epifania, a Santa Teofania; PG 10, 852 
Fonte: Evangelho Cotidiano



Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia



Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Sagrada Epifania

2. São Romano, o Lacedemônio

3. São Evagrios

4. São Sérgio da Rússia

5. São Nicolau

6. São Assad, o Alfaiate

7. São Jorge o Persa

8. Santo Andreas, suas duas filhas e as mulheres recém-martirizadas Lydia, Domniki e Maria

9. 
São Teófanes o Fechado

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)


Leituras do dia




Matinas - Marcos 1, 9-11

Epístola - Tito 2, 11-14; 3, 4-7

Evangelho - Mateus 3, 13-17


Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)


Jejum


Livre

Permitido todos os alimentos

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



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