C O N V I T E

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Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024

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Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

PROGRAMAÇÃO MENSAL

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M A R Ç O / 2 0 2 5

Domingo, 23 de feveeiro de 2025.

 




«Domingo do Juizo Final»

(ou da Abstinência da Carne)


(8° antes da Páscoa - Modo 3)



«A Quaresma e o Amor»

«Em verdade vos digo: 
tudo o que fizeste a um destes meus pequeninos a Mim o fizeste»


Neste Terceiro Domingo do Triódion, nossa Igreja comemora o Dia do Juízo, ou seja, a Segunda Vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Comemorar é fazer presente na Igreja o evento que se recorda. A leitura do Evangelho de hoje nos recorda o Dia do Juízo Final e põe ênfase na medida pela qual seremos julgados. Na maioria dos ícones do Juízo Final, vemos sobre a mesa uma balança que pesará nossas obras, junto à Bíblia Sagrada. Hoje a Igreja abre as Escrituras Sagradas para ler esta passagem do Último Juízo. E o que escutamos está claro: seremos julgados segundo a medida de nossa misericórdia, isto é, de nosso amor.

A palavra amor é, muitas vezes, manipulada ou mal entendida. A passagem bíblica destaca as palavras de Nosso Senhor Jesus quando diz: "Tudo quanto fizestes a um destes pequeninos..." A palavra amor, não tem um significado abstrato, mas de ação concreta. As palavras da Sagrada Escritura nos separam entre ovelhas e cabritos segundo nossas obras de amor. A medida é, pois, fazer ou não fazer as obras de amor.

É um erro comum limitar o amor ao afeto, tão somente, à emoção ou, muitas vezes até, a muito menos do que isso, à palavras e opiniões. Este último tipo de «amor» é muito comum nos dias atuais, está em todas as partes e é muito barato. A obra de amor, no entanto, está livre de tudo isto. Podemos até ter sentimentos de ódio para com alguma pessoa, porém, se agimos com ela com delicadeza e amor, acabamos por transformar nosso ódio. Por outro lado, podemos ter em nosso interior o mais delicado sentimento para com alguém, até sentir-nos emocionalmente dependentes desta pessoa e, ainda assim, não lhe oferecer nenhuma obra de amor.

Amor significa, sem dúvida alguma, ceder aos demais o primeiro lugar. O egoísmo é exatamente o contrário disto. É tomar para mim o primeiro lugar e pôr os demais para os últimos lugares. Que eu ame a alguém não quer dizer que eu tenha sentimentos especiais para com esta pessoa, mas que quero e desejo dar a ela o primeiro lugar, amá-la mais do que a mim mesmo e desejar o bem a ela antes mesmo que a mim. Esta é a verdadeira obra do amor , o critério pelo qual seremos classificados e separados.

Na passagem do Evangelho de hoje, tanto as ovelhas como os cabritos escutaram as mesmas palavras do Senhor e passaram pelas mesmas situações existenciais: pobreza, cárcere, fome, sede etc.. O raro é que ambos os grupos se dirigem a Deus com as mesmas palavras: «Oh, Senhor ...». O que distingue um grupo do outro, no entanto, é o que fizeram ou deixaram de fazer, se cuidaram ou não de seus irmãos. De fato, o Evangelho quer dizer com «amor» as «obras do amor», posto que não podemos amar a Deus se não servimos os irmãos, sobretudo os mais necessitados. Ofereça a Deus uma obra de amor! Deus, que está nos céus não necessita de nada! Manifestamos nosso amor verdadeiro na medida em que oferecemos nossas obras de amor por Ele. Deus acolhe nosso amor se nos colocamos à serviço daqueles que Ele ama e por quem morreu e ressuscitou, ou seja, os nossos irmãos. Por isso, disse São João, o Apóstolo e Evangelista: «Quem diz que ama a Deus e não ama (serve) o seu irmão é um mentiroso».

O que nos proíbe de fazer as obras do amor? Por que não podemos dar de comer ao faminto? Somos tão ambiciosos que, mesmo as sobras de alimentos que podiam matar a fome de um faminto, queremos conservar para nós mesmos? Por que não dar de beber ao que tem sede? Será que precisamos armazenar a água, quando podíamos compartilhar com quem dela necessita mais do que nós? Por que não podemos vestir ao que está desnudo e acolher ao que está desamparado? Acaso nossas preocupações são exclusivamente com o que nós mesmos vestimos e com o mundo da moda que nos escraviza, nos leva à vaidade e nos impede de pensar nos demais? Por que não visitamos os que estão prisioneiros? Será que pensamos que o amor a compaixão que sentimos por eles nos desincumbem de visitá-los? A nós nos bastam os cuidados mundanos de cada dia, a preocupação em atender nossos próprios interesses pessoais e, não tem lugar em nós o cuidar dos que necessitam de nosso amor? Por que?

São muitas as perguntas que o Evangelho de hoje nos põe e, a realidade da vida as repete constantemente. A resposta é sempre a mesma: vivemos para as obras de amor ou fechados em nós mesmos a fazer as obras do egoísmo?

Na obra «Cem Ditos Sobre o Amor» de São Máximo, o Confessor, seremos surpreendidos ao ver que ele define o amor como o estado de não-paixão. A paixão destrói o amor. As paixões são o amor-próprio, amor por si mesmo, a auto-satisfação dos interesses e desejos próprios etc. Tudo isto nos impede de fazer as obras do amor e nos encaminha para junto dos «cabritos».

A Quaresma vem com um apelo à abstinência, a abandonar nosso egoísmo, purificando o homem velho e transformando-o em Homem o Novo. É uma mudança de direção, é arrependimento.

Vemos assim como a Quaresma vai de mão com as obras de misericórdia, as quais se manifestam de diferentes formas. Foi instituída para que possamos aprender a amar; é instrumento que nutre em nós o sentimento de sacrifício e reconhecimento do direito do outro, acolhimento de sua existência no amor. O objetivo da Quaresma é nos fazer ver os demais com nossos próprios olhos, não ignorando sua maravilhosa presença; é o retorno ao paraíso real. O homem egoísta define o paraíso em base a seus interesses egoístas. A Quaresma, no entanto, nos leva a reconhecer que o serviço aos irmãos é a vida do verdadeiro paraíso.

Nesta Quaresma, deixemos para trás todos os nossos maus desejos, abstendo-nos dos interesses que nos levam à perdição e aprendendo as obras do amor, libertando-nos assim da tirania das paixões e dos desejos.

Que esta Quaresma nos conduza ao verdadeiro Amor e nos ensine as «obras do Amor»! Amém.



FONTE:

Sermões do Arcebispo Paulo Yazigi, 
Metropolita de Alepo (Síria)



Extraído do site: ecclesia.com.br







Vida dos Santos





São Policarpo







Data de celebração: 23/02/2025

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: São Policarpo, bispo de Esmirna, hieromártir

Biografia:

I

«Quem não está por mim está contra mim, e quem não se junta a mim, dispersa» (Lc 11,23). Hoje a Igreja lembra São Policarpo. Ele pertence ao grupo dos chamados «Padres Apostólicos», quer dizer, discípulos dos primeiros Apóstolos, e foi Bispo e Mártir. São Policarpo – nome que significa: «muito fruto» – deve ter sido discípulo de São João, o autor do 4° Evangelho. Por sua vez, teve ele um aluno, que até o superou, tornando-se até mais célebre. É Santo Irineu, apóstolo da França. Esse mesmo Irineu lembra que Policarpo enviava cartas às comunidades vizinhas e a alguns irmãos, em particular, para os ensinar e os admoestar. Conserva-se até hoje sua belíssima Carta aos Filipenses. Também nos foi transmitida a narração do seu martírio, com as suas últimas palavras, proferidas com muita suavidade perante o juiz que o condenava. Dizia ele: «Finges ignorar quem eu sou? Escuta-o com toda clareza: eu sou cristão». Foi então queimado vivo. Corria o ano de 155. Ser cristão é uma graça, mas também, uma honra. Igualmente, um compromisso com o Evangelho.
II

Policarpo teve a felicidade de conhecer e abraçar a fé cristã ainda menino, tendo sido instruído pelos próprios apóstolos, em particular, por São João, o Teólogo quem, mais tarde, o nomeou Bispo de Esmirna, cidade da Ásia Menor. Acredita-se que dele fala Nosso Senhor Jesus Cristo no segundo capítulo do Livro do Apocalipse, quando disse ao anjo: «Eu sei que padeces e que és muito pobre; contudo, és muito rico, pois és objeto de murmuração daqueles que se chamam judeus, e não os são, pois formam a sinagoga de satanás; não temas, pois, que que tens a padecer. Sê fiel até a morte que te darei a coroa da vida»

Policarpo governou a Igreja de Esmirna por quarenta anos. O resplendor de suas virtudes o projetava como a cabeça e primeiro de todos os bispos da Ásia; era ainda venerado por todos os fiéis a ponto de não deixarem ele mesmo tirar seus sapados ou sandálias, apressando por fazê-lo para ter o privilégio de tocá-lo. Policarpo conquistou e formou muitos discípulos, do mesmo modo como ele próprio havia sido tratado pelos apóstolos. Santo Irineu, bispo de Lião, na França, foi um deles. Diz o santo: «Tenho ainda muito presente a sobriedade de seus passos, a majestade de seu semblante, a pureza de sua vida e suas santas exortações com as quais alimentava seu povo. Parece-me ainda hoje escutá-lo dizer como havia conversado com São João, e com outros que também tinham visto Nosso Senhor Jesus Cristo, as palavras que ouviu e as particularidades que haviam lhe ensinado sobre os milagres e a doutrina deste divino Salvador». Tudo o que dizia era perfeitamente de acordo com as Sagradas Escrituras, como referido pelos que haviam sido testemunhas oculares do Verbo, e da Palavra de Vida.Seu zelo pela pureza da fé era tal, segundo afirma o mesmo Santo Irineu, que quando algum erro era dito em sua presença, tapava seus ouvidos e dizia: «Para que tempo me reservaste?» E fugia imediatamente.

Após o martírio de São Germânico e de outros mártires, o povo de Esmirna começou a reagir com irritação: «Que os ímpios sejam exterminados! Que tragam Policarpo!» – Haviam escondido o santo bispo numa casa de campo, mas os que o buscavam conseguiram encontrá-lo. O santo encontrava-se num aposento, no alto, e teria conseguido se salvar se quisesse, mas se recusou, reagindo com estas palavras: «Faça-se a vontade de Deus». Os soldados, vendo sua idade e firmeza, não se atreviam a cumprir a missão. O santo então pediu para que lhe preparassem a ceia e que lhe dessem uma hora para rezar em liberdade. Tendo sido concedido, cheio da graça de Deus orou de pé por duas horas pedindo por todos os seus conhecidos e encomendando a Deus a sua Igreja.

Assim que chegaram à cidade, apresentaram-no ao governador da província que lhe interrogou se era mesmo Policarpo. Ele respondeu que sim. O magistrado então o instou a que renunciasse sua fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Policarpo lhe respondeu: «Eu já o sirvo há oitenta e seis anos, e nunca me fez nenhum algum. Como poderia blasfemar contra meu Rei que me salvou? » O pró cônsul continuava a lhe escutar: «Ao que parece, dissimulas conhecer-me? Disse-lhe Policarpo. «Pois eu te declaro que sou cristão e, se queres instruir-te na doutrina dos cristãos, diga-me quando podes ouvir-me, e eu te ensinarei». O pró cônsul reagiu: «Enganas o povo». Disse-lhe Policarpo: «Pelo que te cabe, é justo responder-te: porque temos apreendido a respeitar os magistrados e a prestar às potestades estabelecidas por Deus a devida honra. Pois veja este povo que não merece que eu me justifique em sua presença». O pró cônsul o ameaçou de ordenar que fosse jogado às feras. A resposta de São Policarpo foi que, a ele seria de mais vantagem passar dos suplícios à perfeita justiça. «Pois, já que não temes as feras, ordenarei que sejas queimado vivo por tua desobediência». O santo lhe respondeu: «Ameaças com um fogo que, em algum momento, se apagará porque não conheces o fogo eterno que está reservado aos ímpios. Mas, o que te detém? Faça logo o que queres». Irritado, o pró cônsul o condenou que fosse atirado ao fogo. Policarpo então desnudou-se a si mesmo e, como quisessem amarrá-lo a um poste, disse: «Deixe-me que assim terei mais força para padecer no fogo e a graça de deixará permanecer imóvel sobre a fogueira, sem necessidade dos cravos». Contentaram-se, pois, com amarrar-lhe as mãos às suas costas. Assim, elevou os olhos aos céus, deu graças à Santíssima Trindade pela honra de ser um dos mártires por Nosso Senhor Jesus Cristo, e lhe suplicou que o recebesse qual sacrifício de agradável aroma. Terminada sua oração, acenderam o fogo; mas, ao invés de as chamas consumirem seu corpo, o rodearam formando como que uma muralha de proteção, e de seu corpo exalava um suave perfume. Ainda mais irritados por este milagre, os pagãos o partiram com uma espada. O sangue que verteu do ferimento foi suficiente para apagar o fogo. Assim, São Policarpo chegou ao fim de seu sacrifício e de sua vida terrena.

Trad.: Pe. Pavlos


Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia





Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia


1. São Policarpo Bispo de Esmirna

2. Santa Gorgônia, irmã de São Gregório, o Teólogo

3. Santos João, Moisés, Antíoco e Antonino

4. São Zevinas, Polychronicus, Damianos e Moses

5. São Clemente

6. Santo Deus

7. São Damianos, a Esfigmenite

8. São Lazaros de Trípoli, Peloponeso, o Novo Hieromártir

9. São João, o Cortador de Grama

11. Setenta e Três Testemunhas de Jeová

12. São Policarpo de Bryansk

13. São Moisés da Rússia

14. Santos Spyridon e Nicodemos "os que estão na caverna"

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)


Leituras do dia



Matinas - Marcos 16, 1-8

Epístola - I Corintios 8, 8-13; 9, 1-2

Evangelho - Mateus 25, 31-46

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)


Jejum


Livre

Permitido todos os alimentos

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



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