Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2025

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Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

PROGRAMAÇÃO MENSAL

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O U T U B R O / 2 0 2 5

Domingo, 19 de outubro de 2025.

 



III Domingo de Lucas



«Jovem, Eu te digo: levanta-te!» (Lc 7,14)



O «III Domingo do Evangelho de Lucas»


Compaixão que recria, graça que sustém


À entrada de Naím, cruzam-se dois cortejos: o da morte, que sai da cidade, e o da Vida, que entra com o Senhor. Lucas, único a narrar este gesto, reconhece nele um sinal messiânico: o que Isaías prometera — olhos que se abrem, coxos que saltam, línguas que cantam (Is 35,5-6) — cumpre-se agora, e até os mortos ressuscitam (cf. Lc 7,22). Mas o núcleo do relato não é apenas um prodígio: é a compaixão do Verbo feito carne, uma compaixão que vê, comove-se e age. “Vendo-a, o Senhor compadeceu-Se dela e disse: ‘Não chores’” (Lc 7,13). Em seguida, toca o esquife — gesto ousado, porque a Lei temia a contaminação — e ordena: “Jovem, Eu te digo: levanta-te!” (Lc 7,14). Santo Ambrósio nota que Cristo toca o esquife para mostrar que “a santidade não se contamina: ela é que vence o contágio da morte” (Expos. in Luc. VII). Cirilo de Alexandria sublinha que a palavra do Verbo “dá o que ordena”: manda levantar e concede vida; manda falar e abre a boca do ressuscitado (Comm. in Luc.). O povo entende: “Deus visitou o Seu povo” (Lc 7,16).

Este encontro pascal entre o cortejo da morte e a caravana da vida revela o coração de Deus. Em Lucas, a compaixão não é sentimento vago, mas energia recriadora. O Senhor não espera ser solicitado, nem exige declaração de fé prévia: É Ele quem toma a iniciativa, porque “o Pai é compassivo” (cf. Lc 6,36) e o Filho é a Sua compaixão em pessoa. João Crisóstomo dirá que a misericórdia de Cristo “não apenas consola: cria futuro” (Hom. in Matt./Luc.). Por isso o gesto em Naím é prólogo da Páscoa: o que acontece num vilarejo anuncia o que sucederá ao mundo no terceiro dia. E, no entanto, este mesmo Senhor que vence a morte com uma palavra é Aquele que aceitará a fraqueza, a humilhação e a Cruz. Aqui a Epístola ilumina o Evangelho.

Nos capítulos finais de 2Coríntios, São Paulo combate o triunfalismo religioso e apresenta suas credenciais apostólicas: não espetáculos, mas fraquezas suportadas em Cristo. Ele lembra a fuga humilhante de Damasco (2Cor 11,31-33), alude com pudor a arrebatamentos (12,1-4), mas detém-se no “espinho na carne” (12,7-9). Três vezes suplica que o Senhor o retire; e recebe a resposta que atravessará a história da Igreja: “Basta-te a Minha graça; o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (12,9). O Apóstolo aprende, então, a gloriar-se nas fraquezas, não por masoquismo, mas para que “habite em mim o poder de Cristo” (12,9b). Gregório Palamás lerá aqui a pedagogia da kenosis: Deus se revela onde consentimos em esvaziar-nos, e é justamente aí que a Sua força habita. Isaac, o Sírio, dirá no mesmo sentido: “O humilde é o cofre no qual Deus Se compraz” (Hom. 36).

“Naím” e “o espinho”, tomados juntos, ensinam a mesma lógica pascal sob dois ângulos. Em Naím, contemplamos a iniciativa gratuita do Deus-Conosco: Ele vê, aproxima-Se, toca, fala, levanta e restitui o filho à mãe. Em Paulo, aprendemos a resposta fiel do discípulo: acolher a própria limitação como lugar onde Cristo habita com poder. A compaixão que nos levanta torna-se, em nós, graça que sustém. E assim se entrelaçam misericórdia e santidade: Deus visita o Seu povo (Lc 7,16) para fazê-lo Seu templo (cf. 2Cor 6,16), e o templo mostra a presença do Hóspede quando, na fraqueza, permanece de pé pela graça.

Daqui brotam indicações pastorais muito concretas. Primeiro, a viúva: figura das pessoas socialmente vulneráveis — solitárias, enlutadas, sem rede de apoio. A Igreja primitiva organizou serviço às viúvas (At 6,1) e Tiago chamou de “religião pura” o cuidado de viúvas e órfãos (Tg 1,27). Onde uma comunidade assume esta compaixão — visita, escuta, providência humilde —, Cristo toca o esquife hoje. Segundo, o jovem: quantos, entre nós, parecem “como mortos” por dependências, violências, desesperança? A palavra próxima — um encontro fiel, um acompanhamento real, uma amizade perseverante — pode ser início de ressurreição. Não é retórica: “Jovem, Eu te digo: levanta-te!” traduz-se em processos, tempo dado, presença que não desiste. Terceiro, o luto: a compaixão cristã não foge do cortejo fúnebre; aproxima-se, toca, fala, permanece. Ritos bem preparados, memória dos falecidos, proximidade concreta às famílias — tudo isso é Evangelho em ato.

E quanto a nós, ministros, Paulo impede duas tentações simétricas. A primeira, a vergonha da fraqueza: quando escondemos os espinhos, damos a impressão de que a vida cristã é performance; mas o povo aprende mais quando percebe que a graça sustém também o pastor. A segunda, o culto da impotência: a fraqueza sem Cristo vira desculpa; com Cristo, torna-se lugar de habitação do Seu poder. A homilia deste domingo pode dizer ao povo, sem romancear a dor: o Senhor vê a tua lágrima, aproxima-Se da tua perda, toca o teu esquife, e, ao mesmo tempo, ensina a viver com aquilo que ainda não mudou, dizendo-nos como a Paulo: “Basta-te a Minha graça”.

A leitura anagógica de Naím abre-nos ao fim: esta ressurreição é sinal da Páscoa universal. Ireneu reconhecerá aqui a recapitulação: o Verbo restitui os filhos à Mãe, ensaio do dia em que Deus será tudo em todos (1Cor 15,28). Atanásio lembrará: o Filho assumiu a morte para aniquilá-la (De Incarnatione). Cada ato de compaixão e cada “sim” dito na fraqueza dilatam em nós a capacidade da Páscoa — a theosis. Por isso, quando a comunidade participa do luto de uma família, quando um jovem reencontra o caminho pela mão firme de um irmão, quando alguém suporta o seu “espinho” em Cristo, o Reino já desponta.

No final, colocamos tudo sob o olhar da Theotokos. Ela conheceu a espada que traspassa a alma (cf. Lc 2,35) e permaneceu aos pés da Cruz (Jo 19,25). Nela vemos a Igreja que não foge do sofrimento, mas permanece, até que a Palavra do Filho faça ouvir de novo: “Levanta-te!”. Que Ela nos ensine a compaixão que restitui e a fé humilde que sustém, para que, na cidade onde vivemos, os dois cortejos se cruzem outra vez — e a caravana da Vida prevaleça.

D. Irineo​
Bispo de Tropaion

 

Extraído do site: ecclesia.com.br



Vida dos Santos





Santo Profeta Joel






Data de celebração: 19/10/2025

Tipo de festa: Fixa

Santo (a) do dia: 
Santo Profeta Joel (séc. VI a.C)

Biografia:
Joel foi o primeiro profeta que deixou anotações de suas pregações. Ele profetizava em Judá durante os reinados de Joás e Amasias, cerca de 800 anos antes de Cristo. Chamava-se a si mesmo de Petuel. Eram tempos de tranqüilidade e bonança. Jerusalém, o Sion, o templo e os serviços religiosos estavam constantemente na boca do profeta. Porém, nas catástrofes sofridas por Judá (uma seca e, sobretudo, um terrível ataque de gafanhotos) o profeta viu o início do juízo de Deus caindo sobre o povo judeu. O principal vício combatido pelo profeta era o cumprimento formal, sem verdadeiros sentimentos, dos rituais religiosos e das leis. Naquele tempo, o piedoso rei Joás esforçou-se para restabelecer a religião em Judá, alcançando apenas êxito parcial. O proveta previu um crescimento das superstições pagãs e o subseqüente castigo divino e chamou o povo hebreu a um sincero arrependimento, dizendo: «Ainda assim, agora mesmo diz o SENHOR: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao SENHOR vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e se arrepende do mal» (Jl 2, 12-13). Freqüentemente, numa mesma visão profética se juntavam acontecimentos de distintos séculos, próximos porém, no plano religioso. Assim, por exemplo, o juízo divino sobre o povo judeu se junta, em sua visão, com o juízo universal do fim dos tempos: « Suscitem-se os gentios, e subam ao vale de Jeosafá; pois ali me assentarei para julgar todos os gentios em redor. Lançai a foice, porque já está madura a seara; vinde, descei, porque o lagar está cheio, e os vasos dos lagares transbordam, porque a sua malícia é grande. Multidões, multidões no vale da decisão; porque o dia do SENHOR está perto, no vale da decisão. O sol e a lua enegrecerão, e as estrelas retirarão o seu resplendor. E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. E vós sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus, que habito em Sião, o meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela. E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto, e os outeiros manarão leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de águas; e sairá uma fonte, da casa do SENHOR, e regará o vale de Sitim. O Egito se fará uma desolação, e Edom se fará um deserto assolado, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente. Mas Judá será habitada para sempre, e Jerusalém de geração em geração. E purificarei o sangue dos que eu não tinha purificado; porque o SENHOR habitará em Sião» (Jl 3, 12-18). Antes, porém, do juízo final dar-se-á a descida do Espírito Santo e a renovação espiritual do povo de Deus. « E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do SENHOR. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o SENHOR, e entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar» (Jl 2,28-32). O apóstolo São Pedro lembrou esta profecia no dia da descida do Espírito Santo, durante a festividade de Pentecostes. O profeta Joel falava sobre os seguintes temas: a) o ataque dos gafanhotos (1,2-20); b) a aproximação do Dia do Senhor (2,1-11); c) o chamado ao arrependimento (2,12-17); d) a misericórdia divina (2,18-27); e) a renovação espiritual (2,28-32); o juízo sobre todos os povos (3,1-17); e a bênção divina por vir (3,18-21).

Trad.: Pe. André



Extraído do site: ecclesia.com.br



Hino do dia



Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Celebrações do dia



1. Profeta Joel

2. Santa Cleopatra

3. São Sadote o Bispo e os Cento e Vinte Mártires da Pérsia

4. São Ouarus

5. Santos Seis Santos Mártires são eremitas

6. São Mnason, o antigo discípulo

7. São Leôncio o filósofo

8. Santos Félix, o Velho e Eusébio, o Diácono

9. São João, o milagreiro que praticou no Monte Rila

10. Encontro da Virgem Maria em Mouzaki, Karditsa

11. St. Friedswide

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Leituras do dia


Matinas - João 29, 11-18

Epístola - II Coríntios 11, 31-33, 12:1-9

Evangelho - Lucas 7, 11-16

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



Jejum



Livre

Permitido todos os alimentos

Extraído do site: Ορθόδοξος Συναξαριστής (Livro Ortodoxo dos Santos)



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