«São
Gregório Palamás» ou «Das Santas Relíquias»
(5º
antes da Páscoa - Modo 2)
Neste Segundo Domingo da Quaresma
a Igreja nos recorda a glória do santo Arcebispo de
Tessalônica, São
Gregório Palamás que,
com «bendita paixão» (como ele mesmo afirmava)
venceu sobre aqueles que ridicularizavam a forma santa de orar de
nossos ascetas Athonitas. E que hoje, não obstante, muitos dos
que receberam a má influência de Barlaam o Calabrés,
visitam o Monte Athos (e também a Rússia, como outros
lugares hesicastas) em busca da verdadeira espiritualidade dos Santos
Padres. Nosso Santo padre Gregório Palamás foi um dos
maiores teólogos de nossa Igreja e nos desvelou o mistério
das «Energias divinas» e da «Luz Incriada»,
temas já investigados por nosso santo padre Gregório de
Nissa. Por isso, humildemente se pode afirmar: São Gregório
Palamás é sinônimo de Ortodoxia.
Memória de Santa Matrona de Tessalônica, mártir († séc. III-IV)Matinas
Tropário
– Modo 2 - (2º tom):
Quando
desceste até à morte, tu que és a Vida Imortal,
então destruíste o inferno com o resplendor da tua
divindade. E quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas
as potestades celestes exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória
a ti!
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
Quando
desceste até à morte, tu que és a Vida Imortal,
então destruíste o inferno com o resplendor da tua
divindade. E quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas
as potestades celestes exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória
a ti!
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos.
Amém.
Theotokion:
Ó
Mãe de Deus, Teu mistério é glorioso, Teu
mistério está acima de todo entendimento, Tua pureza
permanece selada e Tua virgindade intacta, Tu que Te fizeste conhecer
como verdadeira Mãe, tendo dado à luz ao verdadeiro
Deus. Intercedei por nós a Deus para salvar nossas almas.
Katisma
– Modo 1 - (1º tom):
1ª
Katisma:
O
virtuoso José, havendo baixado teu Puríssimo Corpo do
Madeiro, o envolveu em um sudário limpo, o embalsamou com
aromas e o colocou em um sepulcro novo; porém Tu Ressuscitaste
ao terceiro dia, oh Senhor, outorgando ao mundo a grande
misericórdia.
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
O
anjo se apresentou no sepulcro dizendo: “A mirra é para os
mortos, mas Cristo se manifestou alheio a corrupção,
proclamando: “O Senhor há ressuscitado dando ao mundo a
grande misericórdia.
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Theotokion:
Oh
Virgem, gloriosíssima Mãe de Deus, Te louvamos, porque
com a Cruz de teu Filho, o Hades foi vencido, a morte, morta; e nós
fomos ressuscitado depois de estar mortos, chegado a ser dignos da
vida e conseguindo a antiga felicidade do Paraíso,
Agradecidos, louvemos a Cristo que é nosso Deus glorioso e
Único esplendor da misericórdia.
2ª
Katisma:
Senhor,
Tu não impediste que a pedra do sepulcro fosse selada; e,
quando ressuscitaste, deste a todos a pedra da Fé. Glória
a ti!
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo.
Todos
os Discípulos e as Mirroforas se alegram; e nós com
eles, celebramos uma grande festa em honra da tua Santa Ressurreição;
e clamamos a Ti: Oh Senhor, Amante da humanidade, concede a teu povo,
por sua intercessão a grande misericórdia.
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém!
Theotokion:
Oh
Virgem Mãe de Deus, tu que superas todas as bênçãos,
porque, quem de Ti se encarnou, deixou o sepulcro vazio, e ao chamar
novamente a Adão, a maldição caiu anulada. Eva
foi liberada, a morte foi morta e nós livre da morte, por isso
louvamos exclamando: Bendito és tu, oh Cristo Deus nosso; Tu
que assim o quiseste, glória a Ti.
Ypakoí
– Modo 2 - (2º tom):
Obediência:
Depois
da Paixão, as mulheres foram ao sepulcro para embalsamar Teu
Corpo, oh Cristo Deus, e se maravilharam ao ver anjos lá na
tumba e ao escutar deles uma voz que dizia: O Senhor ressuscitou
dando ao mundo a grande misericórdia.
Anabtmo:
1ª
Antífona:
Oh
Salvador, olhando com os olhos do meu coração em
direção ao céu, rogo, salva-me com Tua Luz.
Oh
Cristo, tenha piedade a cada instante de nós os pecadores e
dá-nos antes do final, os meios para o arrependimento.
Glória
ao Pa,
ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém.
O
domínio da criação, sua Santidade, seu
movimento, são para o Espírito Santo, porque é
Deus, igual em essência, ao Pai e ao Verbo.
2ª
Antífona:
Se
o Senhor não estivesse conosco, quem séria capaz de
esta a salvo do inimigo assassino do homem?
Oh
Salvador, meus inimigos rugem como o leão, não me
esponhas, a mim, teu servo, à seus dentes.
Glória
ao Pai ,
ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém.
O
Espírito Santo é a essência da vida e a
dignidade, porque como Deus sustenta a toda criação e a
protege com o Pai e o Filho.
3ª
Antífona:
Os
que puseram sua esperança em Deus são como a Santa
Montanha, jamais a movem os ataques do inimigo.
Os
que vivem divinamente, não estendem suas mãos ao mal,
porque Cristo Deus não se dá aos desobedientes.
Glória
ao Pai ,
ao Filho e ao Espírito Santo, agora, sempre e pelos séculos
dos séculos. Amém.
O
Espírito Santo é a fonte de toda sabedoria, porque dele
é a graça para os Apóstolos, os Mártires
se coroam na luta e os Profetas vêem com antecipado
conhecimento.
Prokimenon:
Desperta,
Deus meu, Tu que o juízo convocas. Que te rodeie a assembleia
das nações. (2
vezes).
Stichos:
Senhor
meu e Deus, em Ti está meu apoio.
Desperta,
Deus meu, Tu que o juízo convocas. Que te rodeie a assembleia
das nações.
Kondakion
– Modo 2 - (2º tom):
Senhor,
todo poderoso, ressuscitaste do túmulo.
O inferno
diante deste milagre tremeu e os mortos se levantaram. Contigo a
criação se rejubila, Adão também exulta
e o mundo,
Ó meu salvador, canta a Ti, sem fim.
Ikós:
Tu
és a luz dos que estão cobertos de trevas,
Tu és a
ressurreição de todos e a vida dos mortais. Ó
Salvador, ressuscitaste contigo
os fiéis,
saqueaste
o império da morte.
Ó
verbo, quebraste as portas do inferno.
Os mortais diante desta maravilha,
ficaram
maravilhados
e toda a criação se rejubilou pela Tua ressurreição
ó amigos
dos homens. Todos nós glorificamos e celebramos
Tua
humilhação,
e,o
mundo, ó meu Salvador, canta a Ti sem cessar.
Evangelho:
Jo
21, 1-14
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São João:
Naquele
tempo, Jesus apareceu novamente aos seus discípulos, à
margem do mar de Tiberíades. Foi assim: Estavam juntos Simão
Pedro; Tomé, chamado Dídimo; Natanael, de Caná
da Galiléia; os filhos de Zebedeu; e dois outros discípulos.
"Vou pescar", disse-lhes Simão Pedro. E eles
disseram: "Nós vamos com você". Eles foram e
entraram no barco, mas naquela noite não pegaram nada. Ao
amanhecer, Jesus estava na praia, mas os discípulos não
o reconheceram. Ele lhes perguntou: "Filhos, vocês têm
algo para comer? " "Não", responderam eles. Ele
disse: "Lancem a rede do lado direito do barco e vocês
encontrarão". Eles a lançaram, e não
conseguiam recolher a rede, tal era a quantidade de peixes. O
discípulo a quem Jesus amava disse a Pedro: "É o
Senhor! " Simão Pedro, ouvindo-o dizer isso, vestiu a
capa, pois a havia tirado, e lançou-se ao mar. Os outros
discípulos vieram no barco, arrastando a rede cheia de peixes,
pois estavam apenas a cerca de noventa metros da praia. Quando
desembarcaram, viram ali uma fogueira, peixe sobre brasas, e um pouco
de pão. Disse-lhes Jesus: "Tragam alguns dos peixes que
acabaram de pescar". Simão Pedro entrou no barco e
arrastou a rede para a praia. Ela estava cheia: tinha cento e
cinqüenta e três grandes peixes. Embora houvesse tantos
peixes, a rede não se rompeu. Jesus lhes disse: "Venham
comer". Nenhum dos discípulos tinha coragem de lhe
perguntar: "Quem és tu? " Sabiam que era o Senhor.
Jesus aproximou-se, tomou o pão e o deu a eles, fazendo o
mesmo com o peixe. Esta foi a terceira vez que Jesus apareceu aos
seus discípulos, depois que ressuscitou dos mortos.
Exapostilário
– 10º:
Brilhemos
na virtude e veremos os homens de pé vestidos de luz
resplandecente dentro do sepulcro mudou a dor da vida, os mesmos que
apareceram para as Mirróforas que temerosas inclinaram seus
rostos até a terra e entenderemos a ressurreição
do Senhor do Céu. Corramos com Pedro até o sepulcro,
maravilhemo-nos com o acontecimento e esperemos ver a Cristo nossa
vida.
Theotokion
– 10º:
Senhor,
quando exclamaste: “Alegrai-vos, compensaste a tristeza de nossos
primeiros pais e com Tua ressurreição introduziste a
alegria ao mundo. Tu, agora, oh Doador da Vida, envia-nos, pela
intercessão de Tua Mãe, a luz que ilumina nossos
corações, a Luz da piedade, para que exclamemos: Oh
amante de humanidade, Deus encarnado, glória a Tua
ressurreição!
Laudes
- Modo 2 - (2º tom):
1
– Esta glória será para todos os Justos.
Toda
a criação te louva, Senhor em cada alento, porque com
tua crucifixão vivificadora, acabaste com a morte para mostrar
aos povos tua ressurreição dentre os mortos, porque és
o único amante da humanidade.
2
– Louvai a Deus em seu santuário, louvai na magnificência
de seu firmamento!
Respondam,
judeus, como perderam os guardas ao Rei que vigiavam? Como a pedra
não pode reter a Roca da vida? Prosternem-se com todos nós
ante o ressuscitado exclamando: “Glória a tua esplêndida
misericórdia, oh Salvador nosso, glória a Ti”
3
– Louvai por suas proezas, louvai conforme Sua imensa grandeza!
Alegrem-se,
povos, exultem, porque o Anjo se sentou sobre a pedra do sepulcro,
evangelizando-nos e dizendo: “Cristo é o Salvador do mundo”,
ressuscitou dentre os mortos, enchendo a todos do aroma da
ressurreição. Alegrem-se povos e exultem!
4
– Louvai ao som da trombeta, louvai com saltério e a harpa!
Oh
Senhor Deus, ante de Tua concepção, um anho a saldou
chamando-a de Cheia de Graça, e agora outro anjo rolou a pedra
de teu glorioso sepulcro no momento de Tua ressurreição;
o primeiro anunciou os sinais da alegria em lugar da tristeza, o
segundo nos anunciou o Senhor Doador da vida. Por isso clamamos a Ti:
Oh bondoso Senhor, glória a Ti!
5
– Louvai com pandeiro e a dança; louvai com cordas e
flautas!
As
mulheres espargiram a mirra sobre Teu sepulcro junto com lágrimas
e seu lábios se encheram de alegria ao dizer: Cristo
ressuscitou!
6
– Louvai com címbalos retumbantes; louvai com címbalos
de júbilo. Tudo que respira louve ao Senhor!
Que
os povos e as nações louvem a Cristo nosso Deus, que
suportou por nós voluntariamente a crucifixão e
permaneceu três dias ao Hades. Que se prosterne ante sua
ressurreição, todos, porque com ela se iluminou todos
os continentes do mundo.
7
– Levanta-Te, Senhor meu e Deus meu, que tua mão se levante
e não te esqueças para sempre de Teus pobres.
Oh
Cristo, foste crucificado e sepultado como quiseste, aniquilaste a
morte como Deus e Senhor, dando ao mundo a vida eterna e a grande
misericórdia.
8
– Te confesso, Senhor, como todo meu coração e
proclamo todos teus milagres.
Oh
transgressores da Lei, quando selaram a pedra e engrandeceram o
milagre, o qual foi conhecido dos guardas, pelos que os subornaram
com dinheiro no mesmo dia da ressurreição para que
dissessem: “Os Discípulos vieram e roubaram o corpo quando
estávamos dormindo. Quem rouba a um morto desnudo”. Em
verdade ressuscitou com seu poder por ser Deus deixando os lençóis
no sepulcro. Vinde judeus, a ver a quem pisoteou a morte e, sem
romper os selos, ressuscitou dando ao gênero humano a vida
eterna e a grande misericórdia.
Eothinon
– 10º:
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Após
a descida ao inferno e tua ressurreição dentre os
mortos, os teus discípulos entristeceram, sentindo a Tua separação,
ó Cristo, e voltaram ás suas atividades trabalhando nos
barcos e com redes, mas sem nada pescarem. Quando lhes apareceste, ó
Salvador, como És o Senhor de tudo, mandaste jogar a rede no
lado direito. Isto feito, pescaram muitos peixes e ao saltarem em
terra, encontraram um estranho jantar já preparando, e
comeram. Concede a nós ó Senhor, o mesmo
prazer de sentir a
Tua presença, ó amigos dos homens.
Theotokion:
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém.
Bendita
e venerável és Tu, ó Mãe de Deus, em cujo
seio se encarnou Aquele que visitou o inferno, libertando Adão
e Eva da maldição, destruindo a morte e dando a vida a
todos nós.
Por
isso bendirei o Cristo em qualquer tempo, e sempre o Seu louvor
estará em minha boca (2 vezes).
Tropário:
Ó
Senhor, ressuscitado do sepulcro, rompeste os grilhões do
inferno, eliminaste o poder da morte, salvando todos dos laços
do inimigo; e quando apareceste a teus discípulos, os enviaste
a evangelizar e, através deles, deste tua paz ao mundo, tu que
és o Único Misericordioso.
Divina
Liturgia
Tropário
da Ressurreição – Modo 2 - (2º tom):
Quando
desceste até a morte, Tu que És a vida imortal, então
destruíste o inferno com o resplendor da Tua divindade. E
quando ressuscitaste os mortos do fundo da terra, todas as potestades
celeste exclamaram: Cristo Deus, fator da vida, glória a Ti.
Tropário
Próprio – Modo 4 Plagal:
Luminar
da Ortodoxia, pilar e doutor da Igreja, ornamento
dos monges e campeão irrefutável dos teólogos, ó
São Gregório taumaturgo, glória de Tessalônica
e pregador da Graça, roga
sem cessar pela salvação de nossas almas!
Tropário
de São Pedro e São Paulo:
Príncipes
dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São
Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo
e às nossas almas a sua grande misericórdia.
Kondakion
– Modo 2 – (2º tom):
Glória
ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.
Tu
te levantaste da tumba, ó Salvador onipotente, e o inferno,
vendo esta maravilha, estremeceu de medo, e os mortos ressuscitaram
de seus túmulos. Adão e toda a Criação se
alegram contigo, e o mundo, ó Salvador meu, te louva para
sempre.
Theotokion
– Modo 2 – (2º tom):
Agora,
sempre e pelos séculos dos séculos. Amém
Teus
méritos são glorificados acima de toda a razão,
ó Mãe de Deus, na pureza selada, preservaste a tua
virgindade, verdadeiramente mãe, és reconhecida que
deste à luz o verdadeiro Deus roga a Ele que salve as nossas
almas!
Kondakion
Próprio:
Os
Mártires de Cristo mortificaram pela temperança a
rebelião das paixões e desejos abrasados; por
causa disto receberam o dom de curar os doentes e de fazer
milagres durante a vida e depois da morte.
Que maravilha realmente prodigiosa: de ossos descarnados jorram as curas! Glória, pois, ao nosso único Deus!
Que maravilha realmente prodigiosa: de ossos descarnados jorram as curas! Glória, pois, ao nosso único Deus!
Kondakion
Final - Modo 4 Plagal:
Nós,
teus servos, ó Mãe de Deus, te conferimos os
lauréis da vitória, penhor de nossa gratidão,
como a um general que combateu por nós e nos salvou de
terríveis calamidades. E, como tens um poder invencível,
livra-nos dos perigos de toda espécie para que te
aclamemos: salve, Virgem e Esposa!
Kondakion
de São Pedro e São Paulo:
Levaste,
Senhor, para descansar e gozar de teus bens, os dois infalíveis
pregadores de fala divina, os príncipes dos apóstolos;
pois preferiste suas provações e morte a qualquer
sacrifício, Tu, o único conhecedor dos segredos dos
corações.
Prokimenon:
O
Senhor é a minha força e o meu louvor e tornou-se a
minha salvação.
O
Senhor castigou-me duramente, mas, à morte, não me
entregou.
Epístola:
Hb
1,10-14; 2,1-3
Leitura
da Epístola do Apostolo São Paulo aos Hebreus:
Tu,
Senhor, nas origens fundaste a terra, e os céus são
obra de tuas mãos. Eles desaparecerão, mas tu
permaneces; envelhecerão todos como veste, e tu os dobrarás
como a um manto, e serão como veste que se muda; mas tu
permanecerás o mesmo, e teus anos jamais terminarão.»
A qual dos anjos Deus disse alguma vez: «Sente-se à
minha direita, até que eu coloque seus inimigos como estrado
para seus pés?» Não são todos eles
espíritos encarregados para um serviço, enviados para
servir àqueles que deverão herdar a salvação?
Por isso, devemos levar mais a sério a mensagem que ouvimos,
se não quisermos perder o rumo. De fato, se a palavra
transmitida por meio dos anjos se mostrou válida, e toda
transgressão e desobediência recebeu um justo castigo,
como poderemos nós escapar do castigo, se não dermos
atenção a uma salvação tão grande?
De fato, depois de ter sido promulgada no início pelo Senhor,
essa mesma salvação foi confirmada no meio de nós
por aqueles que a tinham ouvido.
Aleluia!
Aleluia,
aleluia, aleluia!
O
Senhor te ouça no dia da tribulação; te
proteja o nome do Deus de Jacó!
Aleluia,
aleluia, aleluia!
Salva,
Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Evangelho:
Mc
2, 1-12
Evangelho
de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o Evangelista São
Marcos:
Naquele
tempo, Jesus entrou de novo na cidade de Cafarnaum. Logo se espalhou
a notícia de que Jesus estava em casa. E tanta gente se reuniu
aí que já não havia lugar nem na frente da casa.
E Jesus anunciava a palavra. Levaram então um paralítico,
carregado por quatro homens. Mas eles não conseguiam chegar
até Jesus, por causa da multidão. Então fizeram
um buraco no teto, bem em cima do lugar onde Jesus estava, e pela
abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado.
Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico:
«Filho, os seus pecados estão perdoados.» Ora,
alguns doutores da Lei estavam aí sentados, e começaram
a pensar: «Por que este homem fala assim? Ele está
blasfemando! Ninguém pode perdoar pecados, porque só
Deus tem poder para isso!» Jesus logo percebeu o que eles
estavam pensando no seu íntimo, e disse: «Por que vocês
pensam assim? O que é mais fácil dizer ao paralítico:
‘Os seus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levante-se,
pegue a sua cama e ande?’ Pois bem, para que vocês saibam que
o Filho do Homem tem poder na terra para perdoar pecados, - disse
Jesus ao paralítico - eu ordeno a você: Levante-se,
pegue a sua cama e vá para casa.» O paralítico
então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de
todos. E todos ficaram muito admirados e louvaram a Deus dizendo:
«Nunca vimos uma coisa assim!»
Hirmos:
Ó
cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação. A
assembleia dos anjos e o gênero humano te glorificam, ó
templo santificado, paraíso espiritual e glória das
virgens, na qual Deus se encarnou e da qual tornou-se
Filho Aquele que é nosso Deus antes dos séculos. Porque
fez de teu seio um trono e as tuas entranhas, mais vastas do que
os céus.
Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação e te glorifica!
Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação e te glorifica!
Obs.:
Depois
da Divina Liturgia (Santa Missa), segue a procissão com as
Santas Relíquias.
Sinaxe
Pe.
Paulo A. Tamanini
A veneração às
relíquias de santos cristãos teve inicio no culto aos
mártires do inicio do cristianismo que eram vistos como
símbolo do sofrimento, da morte e da vitória do Cristo.
No santo mártir, a fé por Cristo ganhava forma; era uma
realidade próxima, possível de ser imitada. Por isso
restos dos corpos desses mártires e objetos que lhes
pertenciam eram venerados com respeito e devoção pelos
cristãos da Igreja perseguida, pois, não negando a fé
no Ressuscitado, derramaram seu sangue por Ele, O testemunhavam com
sua vida.
Após o Edito de Milão,
quando a Igreja deixou de ser perseguida, essas relíquias dos
primeiros santos mártires eram colocadas em altares para
veneração. Tempos depois as relíquias eram
incrustadas no Altar principal, onde se celebrava a Sagrada Liturgia.
O Altar é o símbolo
do Cristo, Pedra Vida e Pedra Fundamental da Igreja . Da mesma forma
que as relíquias estavam unidas ao Altar, o mártir
estava unido ao Corpo Místico de Cristo de modo inseparável,
pelo martírio e pela santidade de vida.
Na cerimônia Litúrgica
de Consagração de uma nova Igreja ou de um novo Altar,
as relíquias de um santo são colocadas naquela Igreja
para veneração dos fiéis, lembrando também
o primitivo costume da celebração eucarística
nas catacumbas, na época da Igreja perseguida.
Neste Segundo Domingo da
Quaresma, após venerarmos os santos Ícones, a Igreja do
Oriente dá às santas relíquias, a mesma
dignidade, honra, devoção e respeito. Os santos ícones
unidos às santas relíquias são venerados pela
Igreja pois são vistos pelos cristãos como testemunhas
vivas da sua fé.
A devoção aos
santos ícones e às santas relíquias são
pois, um convite para que vivamos a Quaresma santificando nossa vida.
Ela é vista como um estímulo, um convite insistente
para que não esqueçamos de nossa vocação
primeira: sermos santos como nosso Pai é Santo.
Encontramos relatos
extraordinários de curas e milagres graças à
intercessão de um santo cujas relíquias foram tocadas.
As relíquias dos santos na Igreja são testemunhas do
possível: a santidade nos é possível. Venerar
relíquias de pessoas que viveram santamente a sua fé
nos dá coragem e ânimo.
A Quaresma nos convida, através
das santas relíquias, a trilharmos o caminho da caridade, do
amor e do perdão. Hoje são veneradas as relíquias
não só de mártires mas de todos os que amaram a
Cristo em sua vida cotidiana. Ser santo é viver sua fé
de maneira simples mas verdadeira. A sinceridade de nossa vida rumo à
santidade nos encaminha à perfeição. A perfeição
de uma vida vivida na caridade, no desapego, na solidariedade e
filantropia é causa de admiração e imitação.
Muitos são os que viajam
para lugares distantes para ver e, se possível, tocar as
relíquias em algum lugar sagrado. As peregrinações
a estes lugares já são registradas desde o inicio do
cristianismo, principalmente em Jerusalém.
Nós fiéis
acreditamos que ao venerarmos estas relíquias estamos
testemunhando a presença do Cristo na história dos
homens e mulheres simples. O santo arrasta atrás de si
milhares de pessoas, e em alguns casos, não só após
a morte, mas já durante sua vida.
O Evangelho de Marcos, nos
confirma este pensamento: onde Jesus estava, as pessoas recorriam a
Ele. Numa atitude incomum, destelhando o lugar onde se encontrava
Nosso Senhor, as pessoas fizeram chegar a Ele um paralítico.
Alguns poderiam pensar que tal gesto beirasse ao vandalismo, outras
poderiam argumentar que a capacidade das pessoas concretizarem seus
objetivos, às vezes as leva às cenas pitorescas, como
esta. De qualquer forma, o interessante é que Jesus não
repreendeu as pessoas por destelharem a casa, ou as elogiou pela sua
determinação em ali chegar. Jesus surpreende a todos
manifestando a misericórdia de Deus, perdoando os pecados
daquele paralítico, causando espanto a todos. Como se uma
coisa estivesse de fato associada à outra, comunica ao
paralítico primeiramente o perdão de seus pecados e
liberta-o em seguida do mal que mantém paralisado o seu corpo:
«Levanta-te, toma teu leito e vai para casa!» Logo após
a purificação da alma, o Senhor purifica o corpo dos
males físicos, curando-o.
Esta passagem nos faz refletir
sobre o "pecado". Se na época de Jesus, a noção
de pecado era distorcida, no mundo de hoje padecemos de uma
generalizada e progressiva banalização da mesma. Do
"tudo é pecado" ao "nada é pecado".
Quando pensamos que "nada" é pecado nos privamos da
experiência da misericórdia divina. Como sentir o perdão
de Deus se nada achamos em nós que precise ser perdoado? Como
dar perdão aos que nos ofendem, se não sabemos o que é
ser perdoado?
Quem acredita não ter
pecado, afasta a possibilidade da presença de Deus em sua
vida. Os santos homens, ao atingirem um grau quase perfeito em sua
vida espiritual, achavam-se pecadores e indignos. Por que então
poderíamos nós pensar diferente?
Este Segundo Domingo da Quaresma
nos convida, pois, ao sacramento do Perdão. A Igreja, sinal e
sacramento do Perdão Divino, é lugar de conversão
e perdão fraterno. Também é portadora da
mensagem do perdão que o Pai misericordioso quer estender a
todos os filhos e filhas para tê-los sempre próximos. E
todos nós, tornados seus membros pelo batismo, somos chamados
a assumir, comunitária e individualmente, esta tarefa: ser
mensageiros do sacramento da misericórdia divina, instrumentos
do amor misericordioso que o Pai quer fazer chegar a cada um de nós,
seus filhos e filhas.
Extraído
do site ecclesia.com.br
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