Vista Externa da Paróquia

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Vista Interna da Paróquia - 29/06/2024

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Festa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo

N O V E M B R O

Sábado, 23 de abril de 2016.




«O Ilustre entre os mártires, Glorioso

e Vitorioso São Jorge» († 303)»


Divina Liturgia


Tropário de São Jorge:
Para os cativos foste libertador e aliviador, para os pobres e miseráveis, protetor e auxiliador, para os doentes, médico e curador, e dos reis, combatente e defensor. Ó grande entre os mártires, ó vitorioso São Jorge, intercede a Cristo Deus para a salvação de nossas almas.

Tropário:
Pela fé, combateste o bom combate, ó lutador pela causa de Cristo, e por ela desprezaste a impiedade dos perseguidores. Oferecido a Deus como oblação agradável, ganhaste a coroa da vitória. Por tuas orações, ó São Jorge, alcancemos todos o perdão das nossas culpas.

Tropário de São Pedro e São Paulo:
Príncipes dos apóstolos e doutores do Universo, São Pedro e São Paulo, rogai ao Mestre de todas as coisas que dê a paz ao mundo e às nossas almas a sua grande misericórdia.

Kondakion:
Cultivado por Deus te tornaste um excelente cultor da piedade e colheste para ti as espigas das virtudes; semeando com lágrimas, colheste com alegria; e lutando até o sangue, ganhaste Cristo. Por tuas orações, ó São Jorge, que possamos alcançar o perdão de nossas culpas.

Kondakion de São Pedro e São Paulo:
Levaste, Senhor, para descansar e gozar de teus bens, os dois infalíveis pregadores de fala divina, os príncipes dos apóstolos; pois preferiste suas provações e morte a qualquer sacrifício, Tu, o único conhecedor dos segredos dos corações.

Prokimenon:
Alegra-se o justo no Senhor e n'Ele confia. 
Ouve, ó Deus, a minha voz quando te rogo!

Epístola: At 12, 1-11 
Leitura do Ato dos Apóstolos:

Naqueles dias, o rei Herodes mandou prender alguns membros da Igreja para os maltratar. Assim foi que matou à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isto agradava aos judeus, mandou prender Pedro. Eram então os dias dos pães sem fermento. Mandou prendê-lo e lançou-o no cárcere, entregando-o à guarda de quatro grupos, de quatro soldados cada um, com a intenção de apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. Pedro estava assim encerrado na prisão, mas a Igreja orava sem cessar por ele a Deus. Ora, quando Herodes estava para o apresentar, naquela mesma noite dormia Pedro entre dois soldados, ligado com duas cadeias. Os guardas, à porta, vigiavam o cárcere. De repente, apresentou-se um anjo do Senhor, e uma luz brilhou no recinto. Tocando no lado de Pedro, o anjo despertou-o: Levanta-te depressa, disse ele. Caíram-lhe as cadeias das mãos. O anjo ordenou: Cinge-te e calça as tuas sandálias. Ele assim o fez. O anjo acrescentou: Cobre-te com a tua capa e segue-me. Pedro saiu e seguiu-o, sem saber se era real o que se fazia por meio do anjo. Julgava estar sonhando. Passaram o primeiro e o segundo postos da guarda. Chegaram ao portão de ferro, que dá para a cidade, o qual se lhes abriu por si mesmo. Saíram e tomaram juntos uma rua. Em seguida, de súbito, o anjo desapareceu. Então Pedro tornou a si e disse: Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que esperava o povo dos judeus.

Aleluia!:
Aleluia, aleluia, aleluia!

Como a palmeira, florescerá o justo, elevar-se-á como o cedro do Líbano.
Aleluia, aleluia, aleluia!
Plantado na casa do senhor, florescerá nos átrios de nosso Deus.
Aleluia, aleluia, aleluia!

Evangelho: Jo 15, 17-16, 2
Evangelho de Nosso Senhor Jesus  Cristo, segundo o Evangelista São João:

Naquele tempo, disse Jesus: "o que vos mando é que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa. Mas vos farão tudo isso por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viesse e não lhes tivesse falado, não teriam pecado; mas agora não há desculpa para o seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles obras, como nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora as viram e odiaram a mim e a meu Pai. Mas foi para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo (Sl 34,19; 68,5). Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. Também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio. Disse-vos essas coisas para vos preservar de alguma queda. Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus.


Kinonikon:
A memória do justo será eterna! 
Aleluia, aleluia, aleluia!


Sinaxe


Pe. Paulo A. Tamanini

«O Ilustre entre os mártires, 
o Glorioso e Vitorioso São Jorge»


No dia 23 de abril, a Igreja, no Oriente e no Ocidente celebram o grande mártir, São Jorge. Porém, enquanto a última reforma litúrgica para a Igreja latina viu retroceder a importância desse santo, para os fiéis ortodoxos ele será sempre o "megalomártir, vitorioso e taumaturgo" em honra do qual a festa não se celebra somente em 23 de abril, mas ainda no dia 3 de novembro, quando, por toda parte, se comemora a reconstrução da igreja dedicada a ele, em Lydda (atualmente em Israel), onde foi deposto o seu corpo glorioso. Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Como a liberdade de culto para os cristãos se deu somente dez anos depois dessa data, supõe-se que também a igreja em honra de São Jorge tenha sido construída por vontade do imperador Constantino.
Em ambas as festas repete-se o mesmo tropário conclusivo:

«Libertador dos cativos e defensor dos pobres, médico dos enfermos, sustentáculo dos reis, ó vitorioso e grande mártir Jorge, pede a Cristo Deus que salve nossas almas».
A etimologia do nome, relacionado à terra e a quem a cultiva, faz alusão em sentido espiritual o hino encontrado no Ofício dos dias 23 de abril e 3 de novembro:

«A tua vida foi digna do teu nome, Jorge glorioso: tomada a Cruz de Cristo em teus ombros, beneficiaste o terreno tornado estéril pelo embuste do demônio e, tendo extirpado como arbusto espinhoso o culto dos ídolos, plantaste o cepo da verdadeira fé. Por isso consegues a cura para os fiéis de toda a terra e te mostras bom cultivador da Santa Trindade. intercede, te pedimos, pela paz do mundo e pela salvação das nossas almas».

Apesar das escassas notícias biográficas, nem sempre concordantes, os elogios tecidos pelas duas orações apresentadas delineiam uma figura excepcional do santo. Nascido na Capadócia de pais cristãos, foi predestinado para empreendimentos nobres. Um velho manual russo assim diz de São Jorge: Tendo ingressado para o serviço militar, "distinguiu-se pela inteligência, coragem, capacidade organizativa, força física, porte nobre." Mas é sobretudo na Passio Georgii (tida por muitos como apócrifa) que encontramos descritos os detalhes dos inúmeros suplícios aos quais o valoroso militar cristão foi submetido ao confessar a sua fé até o fim, até sua degolação. No Oriente, enquanto alguns atribuem a responsabilidade da condenação de São Jorge ao imperador dos Persas Daciano, para a maioria foi o imperador Diocleciano o responsável. Algumas recentes publicações, como o Minéon de abril, publicado em 1985 aos cuidados do Patriarcado de Moscou, relatam os diversos suplícios aos quais foi submetido o Santo: aprisionado, espancado, esfolado por uma roda cheia de pregos, sepultado numa fossa, obrigado a correr calçando botas de ferro incandescente ... e outros mais. Com a ajuda de Deus e dos seus anjos, Jorge sai-se sempre vitorioso e incólume e revida com respostas corajosas e cheias de fé aos seus perseguidores, muitos dos quais se convertem ao cristianismo.
Em algumas representações e especialmente nos ícones, o mártir Jorge aparece montado num cavalo, quase sempre branco, no ato de matar um dragão que está aos seus pés. Na cena de fundo é possível ver com freqüência, próximas de uma janela, algumas pessoas, entre as quais uma donzela destinada a ser vítima do monstro faminto, se não tivesse intervido o "Vitorioso." Esse episódio, porém, é relatado numa época mais tardia em relação às primeiras "paixões" . Entre os ícones, existe um, antiqüíssimo, pintado com a técnica da encáustica e conservado no mosteiro do Sinai (talvez do séc.VI) onde os santos Jorge e Teodoro aparecem eretos, ladeando a Mãe de Deus sentada num trono.
       O culto de São Jorge, ininterrupto no Oriente e bem cedo assumido também pelo Ocidente como símbolo de virtude intrépida, é muito difundido, quer na dedicação de igrejas e instituições, quer na piedade popular: desde Jerusalém, onde já no século VI existiam um mosteiro e uma igreja dedicados ao santo, até Bizâncio onde era venerado num orfanato; desde a Inglaterra, onde a famosa Ordem da "Jarreteira" é na realidade a "Ordem de São Jorge" e onde também o calendário anglicano conserva a festa, até a Rússia, onde a imagem do santo aparecia no brasão da cidade de Moscou, e onde desde a primeira introdução do cristianismo muitas igrejas e mosteiros lhe foram dedicados. A mesma cidade de Roma julga possuir o crânio do santo mártir, conservado na igreja de São Jorge al Velabro.
A Geórgia - uma das 15 repúblicas que constituíam a então União Soviética - acredita ter uma ligação peculiar com São Jorge, também pela semelhança do nome. Mas também no monte Athos, a montanha sagrada do monaquismo ortodoxo, o santo é muito venerado e representado. A Etiópia e em geral os fiéis coptos conhecem muito bem o "megalomártir," celebrado também por eles em 23 de abril. Entre os maronitas, o culto desenvolveu-se especialmente depois das Cruzadas.
No Mínéon do mês de abril, publicado em 1985 em Moscou, os dados biográficos do santo informam:

«Ele morreu quando ainda não tinha trinta anos.  Apressando-se para se juntar à armada celeste,  entrou na história da Igreja com o apelido de Vitorioso».

FONTE:
DONADEO, Madre Maria. O Ano Litúrgico Bizantino. São Paulo: Ed. Ave Maria, 1990.


Extraído do site ecclesia.com.br

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